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Assembleia com médicos legistas será na sexta-feira (07/03)


28/02/2014
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O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) vai realizar na sexta-feira (07/03) assembleia com médicos legistas que atuam no Espírito Santo. O objetivo é discutir sobre condições de trabalho, sobrecarga de trabalho, falta de concurso público, aumento de salário, possibilidade de paralisação das atividades e greve. A assembleia irá acontecer na sede do sindicato, às 17 horas.

“Chegamos ao limite, estamos no fundo do poço”, ressaltou o presidente do Simes, Otto Baptista, acrescentando: “As negociações com o governo estadual se arrastam há anos, o que esgotou as possibilidades de diálogo”. Atualmente, um médico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebe salário inicial de R$ 8,5 mil, enquanto os legistas começam com R$ 3,9 mil. “Até a remuneração ser igualada, será difícil atrair novos quadros por concurso. O governador Renato Casagrande inaugurou uma unidade do DML em Venda Nova, mas acho difícil algum profissional ir trabalhar lá”, acrescentou Baptista.

Antes mesmo da paralisação da categoria, que deverá ocorrer nos próximos dias, os usuários já reclamam de lentidão nos serviços do DML, causada por férias e licenças de profissionais. Em vez de dois legistas por plantão, apenas um tem realizado o trabalho, que compreende necrópsias, exame de conjunção carnal e lesão corporal. Segundo Otto Baptista, filas de corpos já aguardam nos rabecões ou nos corredores do Departamento. A operação padrão que os profissionais estão adotando tem como princípio obedecer ao tempo ideal para cada procedimento, o que amplia essa fila. “O trabalho do legista não pode ser feito sob pressão”, avalia Baptista.

De acordo com o assessor jurídico do Simes, o advogado Luiz Télvio Valim, a consequência da paralisação será grave para a população, pois as atividades dos médicos legistas são de suma importância. “Os laudos feitos pelos legistas auxiliam na investigação de cada caso, podendo até fornecer características do criminoso, além de serem imprescindíveis na resolução de casos judiciais, consubstanciando os inquéritos e ações penais”, informa Valim.