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Médicos do Hospital Infantil de Vitória podem parar atendimento a partir de sexta-feira (27)


19/09/2013
Comunicação Simes

Os médicos do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (Heinsg) em Vitória podem parar o atendimento ao público a partir da próxima sexta-feira (27/09). É que o prazo concedido pelos profissionais ao Governo do Estado para que solucione problemas como insegurança, superlotação e falta de profissionais na escala de emergência, por exemplo, se encerra. Uma assembleia foi agendada para o dia 26 a fim de deliberar sobre a paralisação.

Todas as reivindicações deliberadas na Assembleia Extraordinária dos Médicos do Hospital Infantil realizada em 03 de setembro foram encaminhadas para a Secretaria de Saúde e ao Ministério Público Estadual, mas até o momento o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, não recebeu comunicação oficial frente aos pleitos dos médicos.

O presidente do Simes e vice presidente da Fenam, Dr. Otto Baptista disse que o Sindicato soube pela imprensa que o governo vai reduzir a idade limite para atendimento no Infantil. "Tivemos apenas uma manifestação do Governo diante da nossa pauta que foi a questão da idade. Com base nisso e no que foi decidido em assembleia, caso não aconteça uma comunicação oficial, vamos remarcar a assembleia a partir do dai 24 e votar a paralisação", disse.

A decisão pela paralisação foi tomada após a elaboração de uma extensa lista de solicitações com prazo de 15 dias para o pronunciamento do Governo do Estado a cerca dos pleitos. Os médicos reivindicaram melhoria na segurança do local, com a disponibilização do dispositivo conhecido como botão do pânico, segurança armada e sistema de vídeo monitoramento nas áreas comuns do hospital.

Os profissionais denunciaram ainda problemas graves como condições insalubres para médicos e pacientes, sobrecarga de trabalho por falta de profissionais na escala dos plantões e a não convocação de classificados no último concurso público para integrar o quadro do hospital.

Problemas como falta de protocolo de atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também são queixas dos médicos do Infantil que recebem um volume grande de pacientes sem gravidade que poderiam ser tratados nos seus municípios.

A equipe do Hospital solicitou a contratação emergencial de mais médicos para atuaram no plantão e a fiscalização do Conselho Regional de Medicina em relação às condições de atendimento, de trabalho e sanitárias.

O Sindicato e o corpo clínico do Hospital Infantil aguardam a comunicação do Governo e o atendimento às solicitações a fim de melhorar as condições de trabalho e de atendimento para os pacientes.