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Médicos tiram 10 dúvidas sobre o zika vírus


02/12/2015
Jornal A Tribuna   |   Bárbara Becalli


Foto: Divulgação

Conforme vinculou o jornal A Tribuna, o país está em alerta com os casos de infecção pelo zika vírus, transmitido pelo mesmo vetor da dengue: o mosquito Aedes aegypti. Somente no Estado, são mais de 120 casos em investigação e cinco confirmados até o último dia 24. A Secretaria de Estado da Saúde divulga hoje a atualização do número de casos das doenças no Espírito Santo.

Para muitos, a transmissão do zika vírus e suas consequências ainda causa dúvidas. Por isso, A Tribuna ouviu médicos para explicar mais sobre a doença. Segundo a infectologista e professora da Ufes Tânia Reuter, o diagnóstico de infecção pelo zika é feito, principalmente, pelo método clínico. ''Há a opção clínica quando, pelos sintomas, é diagnosticada a doença pelo médico, ou laboratorial, por meio de exames. Visto que é uma doença viral aguda, semelhante à dengue, priorizamos o diagnóstico clínico e depois confirmamos com os exames.''

A médica explicou que para diferenciar a dengue da zika é preciso observar os sintomas. A segunda doença aparece de forma menos intensa e, muitas vezes, passa como assintomática e acaba não sendo diagnosticada. ''O vírus da dengue dá mais dor muscular e dor de cabeça. A zika é mais leve, com febre mais baixa, algumas manchas na pele e pode causar conjuntivite.'' O infectologista Lauro Ferreira Pinto frisou que o que é tratado são os sintomas da zika, que duram, em média, sete dias. ''Analgésico para as dores e antialérgico para as manchas que aparecem.''

A infectologista Martina Zanotti destacou que o risco para grávidas se apresenta de forma mais grave e que os três primeiros meses são os de maior perigo para as gestantes. ''O primeiro trimestre sempre é o mais crítico. É quando o feto está em formação e pode desencadear algumas sequelas. Mas isso não quer dizer que não afete de alguma forma nos outros meses.''

De acordo com ela, o País enfrenta um momento de cautela e qualquer decisão de engravidar deve ser pensada, visto que a forte relação do vírus com a microcefalia (má-formação no cérebro) tornou o zika uma grande ameaça.