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Nota da AMB sobre a ''Máfia das próteses''


06/01/2015
AMB


Foto: Divulgação

Diante da reportagem sobre a “Máfia das próteses” exibida pelo Fantástico da TV Globo neste primeiro domingo, 04 de janeiro de 2015, a AMB (Associação Médica Brasileira) vem a público reiterar a posição, que deu ao programa, em duas entrevistas, dias 9 e 24 de dezembro.


A entidade repudia totalmente conluio entre médicos, hospitais, empresas (de próteses, órteses, materiais especiais) e advogados. As práticas mostradas na matéria ferem gravemente a ética médica e, em alguns casos, evidenciam crimes.


Não há justificativas para os comportamentos mostrados. Lesam o SUS e operadoras de saúde, além de colocar pacientes em risco por conta de decisões não motivadas somente pela boa prática médica e baseada em fortes evidências científicas.


Condenamos relação comercial entre médicos e indústria que influenciem condutas, assim como levantem suspeitas sobre a atividade médica. A confiança no médico é fundamental para pacientes. Incentivamos segunda opinião, especialmente em casos mais complexos.


Estas denúncias precisam ser rapidamente investigadas, seguindo preceitos legais, e culpados precisam ser exemplarmente punidos, sejam eles médicos, advogados, gestores hospitalares ou representantes de empresas fornecedoras de materiais. A quem compete, tomem providências cabíveis, investigando denúncias e aplicando aos culpados, punições exemplares.


É por meio de fiscalização constante e denúncias como as feitas pelo Fantástico, e de punição ética e criminal, quando for o caso, que se expurgam maus profissionais. É fundamental para o bom exercício da medicina, para a saúde da população e para a valorização dos bons médicos, que exercem o ofício diariamente de forma digna: competente e ética.


A AMB incentiva e luta pelo bom exercício da medicina, sempre focada em fazer o melhor para nossos pacientes, pautando a conduta em evidências científicas. Estamos à disposição e contribuindo neste processo para levar às últimas consequências, a responsabilização de médicos que desonram a classe e não merecem estar no nosso convívio.


Florentino Cardoso
Presidente da Associação Médica Brasileira