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Subcomissão da medicina


20/03/2015
Fenam e da Agência Câmara Notícias

Na próxima terça-feira, 24, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados vai decidir a instalação de uma subcomissão de graduação, pós-graduação e mercado para analisar os problemas enfrentados pela classe médica brasileira. Se concretizada, a ideia é que exista uma subcomissão semelhante na Comissão de Educação, para que os trabalhos sejam realizados em conjunto.

Para discutir as demandas e propostas da categoria e criação agenda parlamentar, representantes da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB) se reuniram com deputados médicos na Comissão de Seguridade Social, nesta quinta-feira,19. O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Barbosa, aproveitou o encontro para entregar aos parlamentares presentes cópias do documento no qual a entidade cobra posicionamento do governo federal diante das denúncias de irregularidades no Programa Mais Médicos feitas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Seguindo a pauta do encontro representantes das entidades médicas nacionais ressaltaram a preocupação da categoria com o aumento indiscriminado do número de instituições que oferecem cursos de graduação em medicina sem a estrutura necessária, com o déficit no número de vagas para residência e com a inexistência de uma carreira pública federal que proporcione melhor distribuição do contingente de médicos no país.

Em relação à residência médica, foi apontado que mais de 12 mil, dentre 22 mil formados anualmente, não têm acesso garantido a nenhum curso de especialização. “O governo traz médicos de Cuba e deixa o médico brasileiro à mercê do mercado. Não há propostas para os médicos, por isso eles ficam nos grandes centros. Ou o governo oferece uma carreira de Estado ou viveremos de improvisos”, disse o presidente da Fenam.

O deputado Mandetta (DEM-MS) foi quem promoveu o encontro com o objetivo de aproximar a bancada médica na Câmara das entidades representativas da classe médica. Ele mesmo não economizou críticas. "Como o governo não quer fazer essa proposta (da carreira de Estado), não quer oferecer concurso, não quer ter a responsabilidade desta gestão, ele encontrou um caminho mais fácil na atenção básica de trazer médicos de Cuba", afirmou.