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Sinal verde para o movimento médico na região sudeste. É hora de luta


10/03/2015
APM

Foto de Internet


O primeiro Fórum Sudeste de Mobilização na Saúde Suplementar, realizado em 27 de fevereiro na Associação Paulista de Medicina (APM), reuniu representantes de entidades do Sudeste do país com o objetivo de articular estratégias importantes para a pauta de negociações dos médicos dos quatro estados com as operadoras de planos de saúde. Foi definido, por exemplo, que os índices que servirão como referência para os reajustes de honorários e procedimentos devem ser superiores ao IPCA, de forma a começar repor parte das perdas acumuladas nos últimos anos.

O prazo para um acordo entre médicos e planos encerra-se em 31 de março, conforme estabelece a Lei 13.003/2014. O Fórum debateu encaminhamentos para que os médicos não saiam prejudicados na negociação de contratos com as operadoras. Hoje, há empresas de planos de saúde enviando comunicados sugerindo entre 30% e 40% do IPCA como reajuste, em média, o que garantiria uma “reposição” indigna, bem menor que a inflação do período. Trata-se de proposta inaceitável, além de uma demonstração de desrespeito ao valor do exercício na medicina.

Por correr contra o tempo, em 18 de março haverá mobilização em todo o Sudeste. Será o Dia de Alerta aos Planos de saúde, à ANS e à sociedade. “O momento é delicado e devemos usar todos os recursos possíveis para ampliar as chances de negociação em índices adequados.
Mobilizar a classe e chamar a atenção de todos é o que nós faremos ininterruptamente até o prazo máximo para acordo”, diz Florisval Meinão, presidente da APM.

Em 17 de março, entidades médicas de todo o Sudeste se reunirão no Rio de Janeiro/RJ para fechar a pauta de reivindicações, estado por estado. Esses documentos, além de protocolados na ANS em 18 de março, serão amplamente divulgados à imprensa, aos médicos e, ao mesmo tempo, enviados às empresas de planos.

“Durante nosso Fórum, conseguimos articulação para estabelecer algumas estratégias importantes para os estados do Sudeste com relação à saúde suplementar. Destaco a unidade entre as entidades da região, que congregam cerca de 70% da assistência da saúde suplementar do país. Dessa forma, fortalecemos o movimento médico no sentido de garantir aos nossos colegas condição de trabalho mais adequada, com remuneração adequada e respeito profissional”, afirma Florisval Meinão, presidente da APM. “Tomara o movimento frutifique em todos o País. Os médicos precisam se unir e ir à luta”.