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Médicos denunciam superbactéria na UTI neonatal do Hospital Dório Silva


03/01/2013
Folha Vitória

Um surto de uma bactéria na UTI neonatal do Hospital Dório Silva está colocando em risco a vida dos pacientes. O caso foi denunciado nessa quarta-feira (02), pelos próprios médicos do hospital.

De acordo com as denúncias, desde o dia 24 de dezembro, quatro recém-nascidos morreram e 16 crianças estão infectadas pela bactéria. Segundo o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, a diretoria do hospital tenta abafar a gravidade da situação.

O que intriga o sindicato é que no dia 28 de dezembro, em comunicado oficial, o serviço de controle de infecção hospitalar do Dório Silva confirmou o surto da bactéria Serratia Marcenenses na UTI neonatal. O diretor clínico do hospital determinou o fechamento da maternidade, mas após uma semana, no dia 2 de janeiro, o isolamento foi suspenso com alegação de que não haveria um surto da bactéria e que as medidas de prevenção haviam sido tomadas.

Na tentativa de evitar mais mortes, nesta quinta-feira (03) o sindicato acionou o diretor do hospital, o Ministério Público e a vigilância sanitária estadual. Para Otto Baptista, Presidente do Simes, a situação não está recebendo a devida atenção.

“Nós queremos manter aquela maternidade e UTIN fechada, até que a gente tenha um laudo oficial da vigilância sanitária estadual com rigor, com avaliação da mesma forma que foi feito nos hospitais particulares. Queremos também que o Ministério Público participe dessa investigação, para saber se existe ou não omissão ou até mesmo ver lá uma situação que coloque em risco a vida daquelas crianças e da população capixaba e também os profissionais médicos”, afirma.

De acordo com o diretor-geral do Hospital Dório Silva, Eumann Rebouças, a denúncia do sindicato é falsa.

“Essa informação dada pelo sindicato não procede, não existe surto de bactéria. Já foi feita a investigação e existem duas crianças com essa bactéria na UTIN. Essas crianças já foram medicadas e estão clinicamente estáveis. Nós realizamos exames em todas as crianças que estavam internadas e deu negativo para essa bactéria”, explica.