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Médicos no Congresso Nacional: audiência abre o primeiro dia do ENEM


09/08/2013
Fenam

Uma audiência pública para debater a luta do movimento médico contra as últimas medidas do governo abriu o primeiro dia do Encontro Nacional de Entidades Médicas (ENEM). Convocados para uma marcha à Brasília, médicos e estudantes de medicina de todo país estiveram presentes, lotando o auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, na tarde desta quinta-feira (08). A MP 621/2013, que cria o Programa Mais Médicos e os vetos à lei que regulamenta a medicina são os principais pontos de enfrentamento e o ato teve objetivo de debater as próximas estratégias e pressionar o Congresso. 

Em sua fala, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, ressaltou a união da categoria nas últimas mobilizações e a força sobre a próxima eleição. "Fomos às ruas porque não podíamos ser omissos, com a destruição da profissão médica. Vamos derrotá-los com votos brasileiros. 400 mil médicos terão o poder de influência sobre 40 milhões de votos. Queremos construir uma saúde digna e estamos dispostos a ajuda-los, agora se quiserem nos peitar, se preparem para a guerra". 

No meio da audiência, solicitada pelas entidades médicas (FENAM, CFM, AMB e ANMR), os respectivos presidentes foram recebidos pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao final do encontro, Ferreira convocou uma passeata do auditório até a frente do Palácio do Planalto para uma manifestação. No ato, palavras de ordem como, "Fora Padilha!" e "Dilma vai tratar no SUS!" foram destacadas. No próximo dia 20, quando os vetos ao Ato Médico devem ser votados, a categoria promete fazer nova marcha à Brasília e a FENAM financiará a vinda de estudantes de medicina de outros estados.

Na parte da manhã, organizados pelo Comitê Nacional de Mobilização das Entidades Médicas, médicos de todos os estados visitaram os gabinetes dos parlamentares para tratar das medidas do governo em questão.

Fenam defende que vetos do Ato Médico trarão riscos à população

Durante o segundo dia do Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), nesta sexta-feira (09), o secretário de Direitos Humanos, Discriminação e Gênero da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), José Roberto Murisse, destacou que as entidades médicas terão que se mobilizar, para fazer novos acordos com os parlamentares para derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei que regulamenta o Ato Médico.

O secretário explicou que alguns dos incisos vetados na Lei 12.842/13 são mais "caros" à FENAM, como 4º Artigo, que trata das atividades que são exclusivas ao médico. Para Murisse, a categoria não pode abrir mão da atividade de diagnóstico e prescrição terapêutica. "É um atentado ao paciente esses vetos. É um risco à saúde pública. A gente deve negociar. Precisamos ter a ampla maioria na Câmara e no Senado", destacou. 

Na pauta da mesa, estava a discussão dos vetos, a articulação no Congresso Nacional e as estratégias de ação. Entre as sugestões, os participantes sugeriram uma campanha publicitária para explicar à população as implicações da nova Lei e a pressão "corpo a corpo" aos parlamentares pela queda dos vetos. O encontro segue até sábado (10), no auditório da Associação Médica de Brasília (AMBr) e reúne aproximadamente 500 representantes de cinco entidades médicas nacionais.

O ENEM é promovido pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e Federação Brasileira de Academias de Medicina (FBAM).