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Taxa extra para médico fazer parto


27/05/2012
A Tribuna

Grávidas terão de pagar mais para que o profissional que fez o pré-natal realize o parto. Cobrança já é feita em outros estados


Quem engravidar a partir de agora terá de pagar uma taxa extra, além da mensalidade do plano de saúde, se quiser fazer o parto com o médico que companhou o pré-natal.


A classe obstetra capixaba começou a cobrar pela "disponibilidade médica”, como já tem sido feito em outros estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Paraná.


"É uma reivindicação dos médicos, que estamos tentando regulamentar ainda no primeiro semestre deste ano por meio de resolução do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES)”, explicou o presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado, Henrique Zacarias.]


De acordo com ele, o contrato com o plano de saúde cobre as consultas em dias e horários determinados no consultório próprio do médico, além do ato cirúrgico do parto sem especificação do profissional.


"O plano paga pela cirurgia, mas não cobre a disponibilidade integral do médico seja final de semana, de madrugada ou em data festiva. É um sacrifício que não era cobrado, mas é um direito que vamos cobrar a partir de agora”, disse o ginecologista e obstetra Elvídio dos Santos.


O valor da taxa ainda não está definido, mas a princípio poderá variar de acordo com cada médico. No entanto, especula-se em uma média entre R$ 1.900 a R$ 2.500. "Se a paciente não puder ou não quiser pagar a taxa de disponibilidade, ela não ficará sem assistência médica, porque pode contar com os médicos de plantão que também são cobertos pelos planos de saúde”, afirmou o ginecologista e obstetra Fábio Leal.


Segundo ele, os profissionais estão sendo orientados a explicar o novo sistema de cobrança na primeira consulta de pré-natal da paciente.


"É importante essa conversa, porque o valor será acordado entre o médico e a paciente antes que ela crie a relação de confiança e segurança com aquele profissional, para que fique à vontade na hora de optar pelo pagamento ou não”, enfatizou Fábio Leal.


Mesmo antes da regulamentação oficial da prática, alguns médicos já estão cobrando pela disponibilidade médica desde o início deste ano. Mas agora que o movimento está ganhando mais força.


"Quem quiser ganhar neném comigo terá de pagar pelo meu serviço, incluindo o fato de eu ficar à disposição da paciente”, destacou Elvídio dos Santos.


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