Notícias
Permanecem as críticas sobre a forma de contratação de cubanos no Mais Médicos
04/06/2014
FENAM
É válido nos beneficiarmos da fragilidade de 13 mil cubanos que vivem sob a tutela de um regime ditatorial e comercializa seus médicos para tentar ganhar a eleição? é a pergunta principal do deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), um dos autores do requerimento para a realização de audiência para falar sobre o Mais Médicos com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O parlamentar questiona o Ministério da Saúde alocar 13 mil profissionais cubanos e admitir que vivam no Brasil sem condições dignas de cidadania, regidos pela legislação brasileira.
O ministro foi convidado para abordar o tema Esclarecimentos sobre os contratos de trabalho assinados entre médicos cubanos e o governo de Cuba. O debate ocorreu na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (04) e contou com a presença de representantes da Federação Nacional dos Médicos (FENAM).
Além de Caiado, parlamentares como Luís Henrique Mandetta (DEM/MS) e Eleuses Paiva (DEM/SP), avaliaram a apresentação de Chioro uma propaganda que na verdade é sonho de todo cidadão. Eles deixaram claro que não são contra o aumento do número de médicos para atender os 49 milhões de brasileiros assistidos hoje, e sim pela forma de contratação diferenciada submetida aos profissionais de Cuba.
Foi ressaltado que o Ministério Público do Trabalho (MPT) já apontou relação de trabalho entre a União e os contratados pelo programa do governo, além de ter solicitado que o salário dos médicos cubanos deixasse de ser intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Eles recebem só 20% dos que os outros médicos recebem, e os outros 80% ficam nos cofres da ditadura cubana. Isso é correto? É uma questão de consciência do governo brasileiro, completou Caiado.
O deputado Osmar Terra (PMDB/RS) lembrou da criação de carreira que havia sido prometida em acordo feito com Alexandre Padilha. O governo não ofereceu uma proposta permanente aos brasileiros antes de tentar soluções paliativas com os estrangeiros, disse. Ele explicou que os municípios têm dificuldades de contratar profissionais e por isso, osprefeitos aceitam os profissionais do Mais Médicos, pagos pelo governo federal.
O ministro da Saúde receberá, às 18h, um comitiva da FENAM, liderada pelo presidente Geraldo Ferreira, em seu gabinete para tratar dos mais variados temas que englobam o setor e a categoria pelo Brasil.