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Demissões após ameaça em postos


08/05/2012
A Tribuna

Somente neste ano, 10 médicos desistiram de trabalhar em prontos -atendimentos da Grande Vitória. Alguns foram agredidos



Apenas nos quatro primeiros meses de 2012, 10 médicos que atuavam nas redes municipais da Grande Vitória pediram demissão às prefeituras, após sofrerem ameaças e até agressões em seus locais de trabalho.

A informação é do presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), Otto Baptista.

Ele explicou que, por mês, cinco profissionais registram suas queixas no sindicato e desses, dois acabam pedindo demissão.

“O pedido de demissão é uma medida extrema dos profissionais que sofrem agressões ou são ameaçados por pacientes”, disse.

No entanto, ele explicou que esse número pode ser muito maior, visto que muitos acabam não notificando o problema ao sindicato.

"De janeiro a abril foram 40 notificações somente na Grande Vitória e um total de 10 pedidos de demissão, somente em prefeituras. É uma média de dois casos para cada prefeitura”, explicou.

Com isso, ele afirma que quem acaba sofrendo mais são os pacientes. "Os profissionais passam a ter dificuldade em realizar um atendimento em sua total plenitude, e não há mais interesse em preencher essas vagas. Isso é ruim para a população, para o gestor e para o médico que trabalha sobrecarregado."

Sobre o pedido de atuação da Polícia Militar nas unidades de saúde da Grande Vitória após o médico Diógenes Antônio da Costa Schuwartz ser agredido na policlínica de São Pedro, Vitória, na manhã do último domingo, Baptista disse que o documento está pronto, e será encaminhado às autoridades competentes hoje.

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