Foto: Valéria AmaralEntidade que reúne seis categorias profissionais, 97 sindicatos e cinco federações debate democracia, desenvolvimento, saúde e meio ambiente, educação continuada e jovem profissionais.
Debater as dificuldades do presente e lançar luz sobre um futuro possível. Com esse objetivo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) reuniu nesta quinta-feira (10) lideranças sindicais das seis categorias que compõem a entidade, de cinco federações e 97 sindicatos, além de conselheiros consultivos e parceiros, em São Paulo.
Com o tema Democracia e Desenvolvimento, no período da manhã, foi realizada a mesa-redonda O direito à educação continuada dos profissionais universitários e sua importância para o desenvolvimento brasileiro. Para a entidade, o aprimoramento continuado de todos os trabalhadores, com atenção especial na porção mais escolarizada da população, é decisivo para o crescimento da produtividade da economia brasileira e para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovacional do País. Cada palestrante trouxe a dimensão e a importância da educação continuada em sua categoria profissional, destacou Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU e coordenador do encontro.
CONSELHO CONSULTIVO DA CNTU:A programação do turno vespertino começou com a conferência Caminhos para o País que queremos, que foi proferida pelo economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ladislaw Dowbor. O tema está ligado ao escopo do projeto Brasil 2022: o país que queremos, proposto pela CNTU no contexto da comemoração altiva do Bicentenário da Independência do Brasil.
Foram apresentados seis painéis sobre os temas: Meio Ambiente, Saúde, Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Trabalho, Democracia e Sociedade. Foram, no total, 20 temas de discussão.
O presidente da FENAM, Otto Baptista, realizou uma conferência sobre os Os Impactos Sociais do Acidente Ambiental de Mariana. Ele alertou que água do Rio Doce pode provocar, a longo prazo, doenças na pele, doenças gastrointestinais, mal formação de bebês, entre outros. Ele adiantou ao público que na próxima quarta-feira (16) uma comitiva de médicos coletarão água das cidades atingidas pelos rejeitos de minério causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Minas Gerais, e farão uma análise independente no laboratório Água Terra, especializado no assunto. Ele enfatizou ainda a federação está também preocupada com os impactos psicológicos e emocionais provocados na população pelo desastre.
O secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, falou sobre o Sistema Único de Saúde. Ele lembrou que a saúde possuiu dois momentos: antes da Constituição de 1988 e depois Era um apertheid sobre os tinha direitos e a outra parcela da população que não tinha nenhum direito. Mas, entre o que a Lei estabelece e o que é exercido na prática nós temos quatro desafios principais: financiamento, não entregar o setor público ao setor privado, a falta de recursos humanos e a insuficiência do controle social, destacou.
A secretária da FENAM Regional São Paulo, Marta Maite Sevillano, representou os médicos na cerimônia de posse dos Novos Membros do Conselho Consultivo da CNTU, que é uma rede de lideranças qualificada cultural, social, técnica e científica. Gostaria de propor um planejamento para visitar os lugares que dão certo em saúde e outros que não funcionam, em 2016, com arquitetos e engenheiros. A medicina muda todo dia e as pessoas tem que ter os direitos respeitados. Não posso construir um prédio que não muda, porque amanhã pode surgir uma nova técnica, sugeriu.