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Médicos do Espírito Santo param por mais recursos para a saúde e melhores condições de trabalho


11/07/2013
Comunicação Simes

Subfinanciamento da saúde – filas enormes para atendimento de pacientes e aplicação de exames médicos, falta de leitos e sucateamento dos hospitais. Essas são as principais denúncias na pauta de reivindicações do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo que aderiu à paralisação nacional desta quinta-feira (11).


Durante as 24 horas de manifestação, as consultas e exames médicos estão suspensos e foram remarcados. “É uma mobilização nacional que envolve todas as centrais sindicais. Decidimos aderir ao movimento tomando todos os cuidados, avisando a população através de notas e ofícios aos prefeitos municipais da Grande Vitória e com o cuidado para não deixar quem mais precisa desassistido”, explicou o presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) e vice presidente da Fenam, Dr. Otto Batista.


Dr. Otto esclareceu que a pauta da greve geral convocada para esta quinta-feira é bem clara: “A presidente Dilma ainda não ouviu o recado das ruas e das entidades médicas. Brigamos pelo fim do subfinanciamento da saúde e o investimento de 10% do PIB garantir dignidade no atendimento de pacientes e condições de trabalho para os médicos. O Programa Mais Médicos anunciado pelo governo federal nesta semana não diz a que veio. Não falou em como fixar o médico no interior, nem em condições de trabalho e vai pagar uma bolsa temporária para os que quiserem se aventurar municípios onde não tem a mínima condição de atender”, criticou.


De acordo com a diretoria do Simes, enquanto entidade sindical, vão defender o vínculo empregatício e a carreira de estado para todos os profissionais da saúde. “não vamos aceitar uma Medida Provisória que foi anunciada de cima pra baixo, com pontos que interferem no livre arbítrio do profissional. O curso de medicina já é longo e essa obrigatoriedade nos parece uma imposição partidária e um serviço civil obrigatório. O ministro Aloísio Mercadante não entende nada de saúde e nem de educação. Estão perdidos, sem resposta para dar à voz das ruas e fingindo não ouvir o que as pessoas querem dizer”, disse o vice presidente do Simes, Dr. Luiz Carlos Baltazar. 


O presidente da Ames, Dr. Carlos Magno Dalapícola também criticou o programa do Governo Federal dizendo que a falta de leitos, o principal problema do interior, não foi solucionado. “Nem se a rede particular colocar seus leitos à venda haverá número suficiente para atender à demanda. Em todo o eixo sul da rodovia do Sol não há um único leito para pacientes graves,que precisam ser transferidos para Vitória ou para Cachoeiro de Itapemirim. Outro problema é a discrepância entre o valor da Bolsa e o salário pago pelas prefeituras no interior. Teremos pessoas recebendo a bolsa de R$10 mil e médicos contratados por R$ 3 mil”. 


O presidente do Simes alertou que caso as reivindicações da categoria não sejam acatadas pela presidente, as entidades médicas vão apelar para os tribunais federais e cortes internacionais a fim de garantir o direito à saúde à população brasileira e o respeito às leis. “Vemos o anúncio a presidente e as trapalhadas do Ministro Padilha como um verdadeiro engodo”, finalizou. Há ainda a previsão de uma greve de três dias em data a ser definida.