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Médico, qual a melhor relação de trabalho para a saúde pública?
23/05/2015
FENAM
Foto:Valéria Amaral
Médico, qual a melhor relação de trabalho para a saúde pública? Esse foi um dos principais temas das mesas de discussão do III Fórum de Cooperativismo Médico, ocorrido em Manaus (AM), entre os dias 20 a 23 de maio. O evento promovido pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (SIMEAM) contou com a participação das categorias profissionais de saúde das Forças Armadas, médicos, estudantes de medicina, membros da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), entidades médicas nacionais e internacionais, além de autoridades.
O evento buscou proporcionar educação continuada à categoria médica, debate e atualização dos temas que envolvem as formas de relações de trabalho dos médicos, como a criação da Carreira Médica, além do desenvolvimento do Brasil por meio da saúde, as perspectivas do cooperativismo, e outros temas.
As palestras também contaram com a participação do presidente da Federação Médica Venezuelana, Douglas Leon Natera, e do presidente do Colégio Médico de Cochabamba, Aníbal Antônio Cruz Senzano.
Na sexta-feira (22), à noite, houve a posse da nova diretoria para 2015/2020, a cerimônia e festa ocorreu no Comando Militar do Estado.
Confira algumas frases marcantes do evento:
"O médico está sendo vítima tanto quanto à população pelo subfinanciamento da saúde. Não há estrutura de trabalho e o médico é colocado como vilão do processo", criticou o vice-presidente da FENAM, Otto Baptista.
"Pessoas são inegociáveis, e o Brasil negociou pessoas com o governo de Cuba no Mais Médicos", afirmou o deputado federal Henrique Mandetta (DEM/MS).
Não se pode ter uma visão distorcida de que o médico não quer ir para o interior. O interior do Amazonas é altamente complexo. Não podemos olhar a questão como São Paulo, alertou o desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Audaliphal Hildebrando da Silva.
O médico também é um trabalhador. É possível a criação da carreira médica de Estado, assim como acontece no judiciário, e a implantação do Piso FENAM, defendeu a secretária de Formação e Relações Sindicais da FENAM, Lúcia Santos.
É dever do estado garantir uma saúde pública de qualidade. Não há igualdade ou qualidade no acesso, afirmou o diretor de Comunicação da FENAM, Jorge Darze.