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Mil médicos da rede municipal de Vitória e Serra prometem fazer greve surpresa


17/12/2013
A Tribuna

São profissionais das redes municipais de Vitória e Serra. Eles exigem reajuste de
salário e melhores condições de trabalho

Os médicos que atendem nas redes municipais de Vitória e da Serra vão fazer greve surpresa. Ao todo, mil profissionais deverão cruzar os braços e avisar à população apenas algumas horas antes.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos (Simes), Otto Baptista, o sindicato vai aguardar as 72 horas legais para iniciar uma greve e, a partir de sábado, a categoria poderá parar a qualquer momento, em qualquer dia.

Até lá, segundo ele, os atendimentos serão realizados normalmente, em cumprimento às exigências da legislação.

“Já existe uma estratégia e estamos tentando administrar a situação com a prefeitura da Serra e de Vitória. Temos um trunfo nas mãos e vamos mostrar as mazelas que os médicos estão vivendo dentro dessas prefeituras”, afirmou Baptista.

O sindicato também deverá se reunir hoje com médicos de Guarapari,que vão decidir se aderem ou não à paralisação em apoio aos colegas de Vitória e da Serra.

A greve deverá abarcar as unidades de saúde dos bairros e também as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O sindicato garante que os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.

PROTESTO
Segundo o presidente do Simes, a paralisação é uma forma de protesto contra o Programa Mais Médicos, do governo federal, e também uma exigência por melhores salários e melhores condições de trabalho.

Os profissionais exigem o pagamento de piso salarial de R$ 10.412 para carga horária de 20 horas semanais; segurança armada nas unidades de saúde; pagamento do adicional de insalubridade em 40% sobre o salário-base e incorporação dos adicionais ao salário-base.

“Queremos a incorporação dos adicionais, que são vários, ao salário. Consideramos isso como 'penduricalhos' que o médico nunca vai levar para a sua aposentadoria ou quando estiver inativo”, argumentou Baptista.

Ele também acrescentou que há uma série de estratégias – não reveladas – que serão cumpridas a partir de sábado, antes do início da paralisação dos médicos.