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Descoberta fraude em vestibular


13/12/2012
A Tribuna

Médicos e engenheiro cobravam até R$ 80 mil para fazer prova no lugar de candidatos ou vender respostas por cola eletrônica


Médicos, empresários, estudantes e engenheiro foram presos ontem em uma operação da Polícia Federal.Eles são suspeitos de cobrarem até R$ 80 mil para garantir vagas em vestibulares de Medicina de instituições particulares e estaduais em todo o País.

No Estado, dois acusados foram presos por participação no esquema. Um deles, segundo a polícia, já atuava há mais de 10 anos. Em épocas de vestibulares, quadrilhas chegavam a lucrar até R$ 2 milhões.

O esquema garantia a aprovação de alunos por meio do uso de documentos falsos, com substitutos na hora da prova, ou por meio de cola eletrônica, seja por escuta ou mensagens de celular. As faculdades eram vítimas e, nem sempre, conseguiam descobrir as fraudes.

A Operação Calouro investigou por um ano e seis meses quadrilhas especializadas em fraudar processos seletivos. Sete delas foram identificadas agindo em todo o País.

O delegado federal Leonardo Damasceno disse que durante as investigações foi constatada a ação de grupos criminosos atuando em 53 vestibulares de forma efetiva, fraudando ou tentando fraudar as provas. Pelo menos mil estudantes teriam contratado serviços da quadrilha nesse período. "Conseguimos contar com apoio das instituições para impedir que os grupos criminosos tivessem êxito."

No Estado, no entanto, durante esse período, o esquema foi identificado em apenas um vestibular, mas sem êxito, já que os participantes foram identificados.

A operação teve início no Espírito Santo e foram expedidos 70 mandados de prisão e 73 de busca e apreensão. Ontem, 46 pessoas foram presas. Os acusados vão responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de documento, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.


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