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Médicos paralisam atividades durante dois dias no ES


30/07/2013
G1 ES   |   André Falcão

Decisão é nacional e é contra propostas do governo federal para categoria.Apenas atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.


O médicos do Espírito Santo, tanto da rede pública quanto da privada, fazem uma paralisação de dois dias com início nesta terça-feira (30). De acordo com o Sindicato dos Médicos do estado (Simes), a decisão é nacional e foi tomada com objetivo de lutar por melhorias na categoria e também por direitos de estudantes de medicina. Apenas casos de urgência e emergência serão atendidos e as consultas serão remarcadas. Os atendimentos voltam a normalidade nesta quinta-feira (1).

O presidente do sindicato, o médico Otto Baptista, explicou que os exames e consultas não demorarão a ser reagendados. “Não queremos prejudicar a população, queremos que ela saiba que essa mobilização é em prol da saúde pública. Essa greve foi avisada com antecedência e os próprios colegas aceitaram aumentar a quantidade de consultas nos próximos dias para atender aqueles que não puderem ser atendidos nesta terça e quarta”, disse.
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O motivo da paralisação é contra propostas recentes do governo federal com a intenção de resolver o problema da saúde pública, mas que segundo o sindicato, não tem agradado os médicos. “Estão tentando resolver um problema crônico, que é a falta de recursos públicos para a saúde, com a contratação de médicos estrangeiros sem a aplicação da prova Revalida”, falou o médico.

A situação de estudantes de medicina também tem preocupado os médicos, segundo Baptista. “Outro problema é a interferência na grade curricular do estudante de medicina, aumentada em mais dois anos, o que é algo absurdo. E há ainda a interferência no trabalho do médico, fazendo com que trabalhem dois anos nas áreas de pouca providência, sem que o profissional tenha seu livre arbítrio de querer trabalhar ou não nessas regiões”, explicou o médico.

O sindicato ainda afirmou que a categoria tem suas próprias propostas para resolver o problema da saúde pública. Concursos públicos, carreira de estado e o fim do subfinanciamento da saúde pública são algumas delas. “O governo federal fica tentando envolver a população dizendo que contratando mais médicos estará resolvendo o problema da saúde pública do Brasil, mas não é assim”, disse Baptista.

Reunião em agosto

Reuniões estão marcadas para os dias 9 e 10 de agosto, com a antecipação do Encontro Nacional das Entidades Médicas, em Brasília. Na ocasião, representantes da categoria de todo o país vão se reunir para discutir a atual situação da saúde pública no Brasil.