SIMES | Notícia
Simes

Notícias

Médicos Legistas pedem socorro


22/02/2014
SIMES/ Leiase

Foto de Théo Prata



O portal online Leiase publicou nesta sexta-feira dia (21), que os médicos legistas podem paralisar suas atividades durante o Carnaval. O primeiro passo será uma operação padrão, na próxima semana, causando o caos no sistema: acúmulo de corpos, que podem ficar, inclusive, sem refrigeração.
A categoria, reivindica equiparação salarial com os médicos lotados na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), além de reforço no quadro. O Sindicato dos Médicos do Estado (Simes) denuncia que há defasagem na contratação de mão de obra, nos últimos 10 anos. Atualmente, são 35 profissionais, sendo seis na iminência de aposentadoria, enquanto o ideal seriam 78. Caso seja confirmada, será a primeira paralisação nos últimos 25 anos. A última ocorreu no governo Albuíno Azeredo.

“Chegamos ao limite, estamos no fundo do poço”, desabafou o presidente do Simes, Otto Baptista, acrescentando: “As negociações se arrastam há anos, o que esgotou as possibilidades de diálogo”. Ele exemplifica que um médico da Sesa recebe o salário inicial de R$ 8,5 mil, enquanto os legistas começam com R$, 3,9 mil. “Até a remuneração ser igualada, será difícil atrair novos quadros por concurso. O governador Renato Casagrande inaugurou um DML em Venda Nova , só quero saber quem vai trabalhar lá”.
Antes mesmo da paralisação, os usuários já reclamam de lentidão nos serviços do DML, causada por férias e licenças de profissionais. Em vez de dois legistas por plantão, apenas um tem realizado o trabalho, que compreende necrópsias, exame de conjunção carnal e lesão corporal. “Filas de corpos já aguardam nos rabecões ou nos corredores do Departamento”, segundo presidente do SIMES Otto. A operação padrão terá como princípio obedecer ao tempo ideal para cada procedimento, o que ampliará essa fila. “O trabalho do legista não pode ser feito sob pressão”.