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Médica vai à Justiça contra plano de saúde


19/05/2012
A Tribuna

Cardiologista diz que temR$ 80 mil para receber,referente a consultas eexames. Ela afirma quecontrato foi encerradoantes do prazo


Com faturas em aberto referente a consultas e exames prestados em sua clínica, em Cariacica, que totalizam R$ 80 mil, uma cardiologista disse que vai processar um plano de saúde para conseguir receber o valor dos serviços prestados. Ela ainda quer ser indenizada pela quebra de contrato sem aviso prévio.

Os serviços são referentes ao mês de março e abril deste ano. A médica alegou ter sido descredenciada pelo plano depois de cobrar os valores que tinha para receber.

"Me credenciei a esse plano de saúde em abril do ano passado, e como a demanda era muito grande, contratei dois novos profissionais e estendi o horário de dois médicos. Perdi muitos clientes de outros planos porque a agenda sempre estava lotada”, explicou.

A médica contou que a primeira glosa – a recusa de uma parte do pagamento da fatura por falta de alguma informação – aconte - ceu em dezembro de 2011, quando o valor veio R$ 4 mil a menos.

“Isso continuou acontecendo a ponto de que eles pagarem o que tinha faltado no mês anterior, e no mês seguinte, cortarem mais um valor ”, explicou.

A cardiologista disse que se sente ofendida também pessoalmente com a desvalorização de seu trabalho. “Vou perder 1.784 pacientes com isso, e vou demorar até uns quatro meses para me reerguer, isso não é justo”, declarou ela.

A advogada da médica, Rute Moraes Castelo, disse que além do valor devido, vai pedir indenização por danos e perdas de sua cliente, que pode chegar a R$ 100 mil, garantiu a advogada

"O contrato é abusivo, beneficiando somente ao plano de saúde, é uma escravidão para o médico, que trabalha para o plano pagar quando quer”, afirmou.

O advogado do Sindicato dos Médicos, Telvio Luiz Valim, revelou que há planos que demoram até seis meses para pagar os serviços ao médico. Por isso, ele disse que uma denúncia será encaminhada ao Ministério Público Estadual e do Ministério do Trabalho e para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O presidente do Sindicato dos Médicos, Otto Batista, disse que isso acaba interferindo na qualidade do serviço prestado aos pacientes. “São médicos insatisfeitos, que se desdobram em mais de um emprego. Com isso, cai a qualidade do serviço oferecido”, concluiu.

O nome da médica e do plano não estão sendo divulgados a pedido da cardiologista.


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