18/06/2013
Jornal A Gazeta
O governo da presidente Dilma prepara mais um estelionato eleitoral contra o povo brasileiro ao anunciar a intenção de importar um contigente de seis mil médicos formados em Cuba e tantos outros vindos de Portugal e Espanha, sob a alegação de uma suposta carência de 50 mil formados para atuarem em remotas regiões do país.
Como médico com especialização em Medicina Comunitária, Saúde Ocupacional e Planejamento em Saúde posso assegurar que o Brasil não tem poucos médicos. A Organização Mundial de Saúde preconiza como parâmetro ideal de atenção à saúde da população, a relação de um médico para cada mil habitantes. Nós temos dois.
Anualmente, se formam 16 mil médicos no Brasil. No Estado, este número é próximo de 500. A maioria se concentra nos grandes centros urbanos porque é onde existe alguma estrutura. O problema reside é na distribuição adequada desse contingente a partir de uma política adequada de investimento em infraestrutura e de condições de trabalho.
Mas, a saúde está longe de ser prioridade. A participação federal nos gastos públicos está em queda livre: Estados e Municípios se responsabilizam por 64%, enquanto a União aloca apenas 36%, porque o governo petista vetou na Emenda 29 o percentual mínimo de 10% da receita bruta. O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, apoiado por centenas de jovens estudantes e professores da universidade, fez um protesto em Vitória, a exemplo de outros pelo país afora, contra a importação de médicos cubanos, principalmente porque não querem, com a leniência governamental, se submeterem ao exame denominado Revalida.
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais dos 182 inscritos para a validação de diplomas de médicos, cubanos ou não, formados em Cuba, só 20 foram aprovados, ou seja, um de cada 9. Dos 26 médicos com diploma espanhol que fizeram o exame, cinco foram aprovados. Dos oito portugueses inscritos, três foram aprovados. É decepcionante. Essa intenção do governo Dilma com forte odor eleitoreiro submete a população a todo tipo de temeridade. A entrada de médicos estrangeiros com diplomas obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação fere a lei e coloca em risco à saúde pública.
A questão não é a falta de médicos, mas a desestruturação do setor de saúde. É a falta de investimento, de tecnologias, de equipe multidisciplinar, de hospitais e de clínicas bem estruturadas no interior do país, para que possamos ter uma saúde de boa qualidade e atenção a todos os brasileiros.
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