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Programa Mais Médicos: Primeiro estrangeiro chega ao Espírito Santo na próxima semana
27/08/2013
Jornal A Tribuna
Apenas um médico estrangeiro foi selecionado para trabalhar no Espírito Santo. O espanhol Javier Olivar Ferraz vai atuar em Marcílio de Noronha, Viana. Ele deve desembarcar no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira, mas só deve chegar ao Estado no dia 16 de setembro, segundo a Prefeitura de Viana.
O presidente do Conselho Regional de Medicina no Espírito Santo, Aloízio Farias de Souza, disse que não é contra o trabalho de médicos estrangeiros no País, desde que façam a prova do Revalida. Com avaliação, esses médicos vão poder mostrar e comprovar a sua competência.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) e vice-presidente da Federação de Médicos, Otto Baptista, os médicos estrangeiros estão pensando em realizar um trabalho humanitário, como os que são feitos em países em guerra.
O Brasil não precisa de ação humanitária. Precisamos da efetivação dos serviços de saúde, de melhores condições para o médico trabalhar e não ações de guerra.O grupo de médico estrangeiros que chegou ao Brasil no último fim de semana para participar do programa Mais Médicos começou a ter aulas sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e de língua portuguesa.
Segundo o Ministério da Saúde, o grupo vai participar de um curso de três semanas. As primeiras aulas começaram ontem em Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).
O curso terá 120 horas de aulas expositivas, oficinas e simulações de consultas, além de aulas de língua portuguesa e avaliações para testar a comunicação dos médicos.
Depois de avaliados, os profissionais receberão um registro profissional provisório, restrito à atenção básica e às regiões onde foram selecionados para trabalhar pelo programa do governo federal.
Ao todo, devem chegar ao País nesta primeira leva 244 profissionais formados no exterior, sendo 99 brasileiros e 145 estrangeiros. Além desse grupo, já chegaram mais de 400 dos 4 mil médicos cubanos que o governo contratou por meio de convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas).