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24/02/2014
SIMES/ Leiase

O Simes foi procurado para participar de um debate no portal Leaise,sobre um tema que está sendo bastante discutido.Com cinco faculdades de Medicina, o Espírito Santo precisa importar médicos estrangeiros?
Confira as opiniões dos entrevistas abaixo


SIM
“Independentemente do número de faculdades que temos no Espírito Santo, existe carência de médicos nos municípios. Como presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), sei da carência, sobretudo no interior. Isso acontece porque os novos médicos que estão se formando preferem optar pela especialização. Temos uma carência enorme de médicos de saúde da família, os generalistas, função que exige dedicação exclusiva. A maioria dos nossos profissionais não têm esse perfil. O ideal era trabalharmos com profissionais brasileiros, mas não encontramos. Nossas faculdades não formam especialistas em saúde da família e, por isso, é necessária essa mão de obra estrangeira. Sabemos que a carência em todo o interior do Estado acontece porque nossos médicos querem ficar na Região Metropolitana. É um problema difícil para o prefeito resolver. É necessário provocar o debate e compartilhar o problema com a sociedade”.

Dalton Perin, presidente da Amunes.

NÃO
“São cinco faculdades de Medicina que formam 500 médicos por ano. O Espírito Santo tem mais de 13 mil médicos, e a Grande Vitória é a segunda região em concentração de médicos no País. A resposta é não. O grande problema é a gestão, que não consegue distribuir os profissionais de forma a atender com qualidade toda a população. Se gasta muito dinheiro público com elefantes brancos e outros bichos, os recursos acabam diluindo nas mãos de projetos mal geridos e grupos econômicos que se revezam na gestão terceirizada da saúde, o que é outra roubada. Veja o que aconteceu no Hospital Jaime dos Santos Neves. É muito dinheiro e aquela unidade ainda tem áreas ociosas e, onde atende, atende de forma limitada. Aquilo se transformou em um verdadeiro burro de cigano: grande, bonito, enfeitado e mal resolvido. Não faltam médicos, faltam condições dignas de trabalho, concurso público, remuneração justa e gestores competentes. Sem isso, o que poderia sobrar, acaba faltando”.

Otto Baptista, presidente do Simes.