SIMES | Notícia
Simes

Notícias

SIMES não concorda com o andamento do programa “MAIS MÉDICOS” no ES


20/05/2014
SIMES

Foto da Internet

Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) vem, por meio deste texto, se posicionar perante a matéria que foi publicada no jornal impresso A Gazeta, no último domingo (18), na página 11. A matéria fala sobre a vida dos médicos cubanos no estado do Espírito Santo e destaca os salários recebidos pelos médicos e o valor repassados ao Governo de Cuba. O que mais chama atenção é que no Espírito Santo existem 267 médicos cubanos atuando em diversas cidades capixabas.

Em Vitória atualmente trabalham 21 médicos do programa “Mais Médicos”, sendo nove são estrangeiros, 12 brasileiros, hoje a capital tem aproximadamente cerca de 348. 265 habitantes. Já em Cariacica, são 20 médicos, 19 deles são estrangeiros e uma brasileira formada em Cuba, em uma cidade onde moram cerca de 348. 933 habitantes. No município de Serra, onde vivem mais de 467.318 de habitantes, são precisamente 111 médicos cubanos trabalhando para atender a população. E em Vila Velha, segundo o jornal A Gazeta, não existem médicos estrangeiros trabalhando no programa “M.M”, sendo que existem 424.948 habitantes no município.

Por qual motivo em Vila Velha e Cariacica não existem uma quantidade de médicos trabalhando, sendo que o número de habitantes praticamente é quase o mesmo do que o município de Serra? E por que Vitória a capital do Espírito Santo, só tem 21 médicos fazendo parte do programa?

São essas e outras questões que fazem com que Simes fique indignado com esse tipo de abordagem que o poder público está tratando os profissionais da saúde. Para o Simes é uma falta de respeito com os médicos capixabas, que se especializam a cada dois anos, enquanto os médicos que fazem parte desse programa atendem sem ao menos terem o revalida.
Já é comum ver nas US´s da Serra médicos estrangeiros fazendo pré-natal, pediatria, cardiologia e outras especializações. E quem mais sofre com estes problemas é a população, que em vez de ser atendida por um médico que estudou mais de dez anos e fez várias especializações para aprimorar seu atendimento fica a mercê do programa “Mais Médicos”.

O presidente do Simes e Vice presidente da FENAM, Dr. Otto Baptista, ressalta que não concorda com o programa do Governo Federal M.M "Está na cara que esse programa é um ato político. De acordo com os dados publicados pelo jornal impresso 'A Gazeta’', que diz claramente quantos médicos estrangeiros trabalham nos principais municípios do Espírito Santo. É inadmissível que concordemos com tal falta de respeito com a categoria médica capixaba. Nós iremos ao Ministério Público Federal, e vamos colocar a responsabilidade nos órgãos competentes .Essa é a reposta que estamos dando para vocês que também estão indignados, e fiquem sabendo que o Simes está antenado, o Departamento Jurídico está agindo, e lutaremos pela dignidade da categoria médica", finalizou Baptista.