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Padilha considera correta avaliação da população sobre sistema público de saúde
13/01/2012
Simes | Comunicação/Simes
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O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a pesquisa da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a percepção do
brasileiro em relação ao sistema público de saúde é um
diagnóstico correto da situação da saúde pública no
país.
Na pesquisa, 61% dos brasileiros consideraram péssimo
ou ruim o sistema público de saúde, o SUS. A principal reclamação
foi quanto à demora no atendimento. O diagnóstico global feito
pelos brasileiros está correto em vários pontos apontados na
pesquisa. O primeiro passo para um bom tratamento é um diagnóstico
correto, disse à Agência Brasil.
Padilha citou ações da
pasta para diminuir o tempo de espera, como as unidades de Pronto
Atendimento (UPA), que funcionam 24 horas. Segundo o ministro, as
unidades conseguem resolver os problemas de 97% dos pacientes
atendidos. Elas reduzem a necessidade da população ir ao
pronto-socorro e ao hospital. De cada 100 pessoas [atendidas na UPA],
apenas três precisam ir para o pronto-socorro ou ao
hospital.
Quanto ao fato de 85% da população avaliar que
o serviço público de saúde não melhorou nos últimos três anos,
o ministro argumentou que a melhora do sistema não é imediata. A
população tem um diagnóstico sobre os desafios que temos. São
desafios com tempos diferentes de melhora.
Padilha também
comentou sobre a contratação de mais médicos, necessidade apontada
por 57% dos brasileiros na pesquisa, para melhorar o atendimento.
Segundo ele, entram em vigor este ano programas que visam a
incentivar a ida de médicos recém-formados para o interior do país
e as periferias, onde há carência de profissionais. Para atraí-los,
o governo federal vai conceder pontos extras nas provas de residência
médica e permitir o abatimento da dívida de quem adquiriu
financiamento estudantil.
Em relação ao controle do
desperdício de dinheiro, solução apontada por 53% dos
entrevistados, Padilha respondeu que o ministério economizou R$ 1,4
bilhão ao alterar o processo de compra dos medicamentos. De acordo
com ele, a economia permitiu a distribuição gratuita de remédios
contra diabetes e hipertensão.
Na pesquisa, as campanhas de
vacinação foram o programa de saúde com melhor avaliação, com
média de resultado de 8,8, em uma escala de zero a 10. Feita pelo
Ibope, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios, entre os
dias 16 e 20 de setembro de 2011.