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Simes denuncia: faltam atrativos para manter o médico na rede pública


25/02/2013
Simes   |   Whilzi Gonçalves

A recente pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a Demografia Médica no Brasil colocou o Vitória, capital do Espírito Santo, no topo da lista das capitais com maior número de médicos atuantes. Números regionais mostram que o Espirito Santo chegou a ter 7.780 médicos em atividade em outubro de 2012.

Mas onde estão estes médicos? Para falar sobre este assunto presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, Dr. Otto Baptista, concedeu entrevista ao Programa Bom dia Espírito Santo.

Dr. Otto explica que apesar da formação de um número expressivo de médicos anualmente há uma precarização da relação do médico com as prefeituras, o que torna o trabalho pouco atraente para os profissionais. “A remuneração é um fator importante que desestimula o médico a trabalhar, mas não é apenas isso. Também são levadas em conta as condições de trabalho. Muitas vezes no interior ele recebe uma boa proposta de remuneração, mas o médico fica sozinho. O médico quer ter condições de trabalho e infraestrutura para exercer a medicina, com um bom serviço auxiliar de diagnóstico, por exemplo”, disse Dr. Otto.

Outro motivo para o desinteresse em atender a rede pública de saúde é a defasagem na tabela, que não é atualizada há 10 anos. Segundo o Secretário Estadual de Saúde, Tadeu Marino, que também concedeu entrevista ao Bom Dia ES, os valores pagos por procedimento às prefeituras são aviltantes. “Há situações em que é pago por uma consulta o valor de R$ 3,50”, disse.

O Sindicato tem lutado para que as prefeituras adotem o piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) que atualmente é de R$ 10.412,00 e também para que as prefeituras destinem recursos à área da saúde, melhorando a infraestrutura de trabalho dos médicos no atendimento à população.


Assista entrevista completa em:

http://www.youtube.com/watch?v=C4Gft2skeNk