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FENAM discute reajuste salarial dos servidores públicos no MPOG


07/07/2015
FENAM

Foto: André Gobo


A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) participou de audiência no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), com o secretário de Relações de trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, em Brasília, na última terça-feira (07), para discutir contraproposta feita pelo governo para os reajustes salariais dos servidores públicos. Os valores que resultarem destes encontros serão utilizados pelo órgão para a formulação do orçamento de 2016.



A oferta do MPOG foi de um reajuste de pouco mais de 21%, parcelado ao longo dos próximos quatro anos. O presidente da FENAM, Otto Baptista, considerou a oferta do governo como inadequada por não recompor as perdas dos últimos anos, que somam 27%. “Foi rechaçada por todas as entidades, incluindo a FENAM”, disse.



O secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, lembrou que as perdas dos servidores nos últimos anos já é superior a este percentual. “Ela (a contraproposta) é um absurdo, porque leva em conta um processo inflacionário que o governo tem controle, quando na verdade, a vida tem mostrado que o governo não controla o processo inflacionário. Ninguém tem segurança de que esses percentuais serão respeitados pelo processo inflacionário”, explicou e defendeu a instituição de gatilhos que possam evitar as perdas no caso de possível extrapolação inflacionária.



Da audiência resultou um acordo de que os médicos poderão discutir assuntos específicos da categoria médica, como a Carreira de Estado e a recuperação da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, Saúde e do Trabalho (GDPST), perdida desde a publicação da Medida Provisória 568/12.



A respeito das gratificações, Darze explicou que querem a reparação de uma injustiça e que “ninguém mais aguenta ouvir o governo dizer que a gratificação deve ser paga, mas que nunca é paga. O governo precisa assumir a responsabilidade de que cometeu um grave erro no passado e que precisa ser corrigido”.



Valores

Segundo dados do próprio MPOG, o impacto da correção do erro está avaliado em R$ 440 milhões por ano. O corte das gratificações, em 2012, resultou em perdas de aproximadamente R$ 2 mil para cada médico nas jornadas de 20 horas semanais. Desde então, a FENAM e o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro realizou inúmeras reuniões com líderes do governo, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ministros de Estado, além da própria presidente, Dilma Roussef.