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Sindicato dos Médicos faz inspeção surpresa no HGL e aponta falta de condições de trabalho


24/06/2014
Fonte: Site de Linhares

Após inúmeras denúncias sobre a falta de pediatras no Pronto Socorro Infantil do Hospital Geral de Linhares (HGL) e de profissionais das demais especialidades para atender a população, o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) fez uma visita surpresa na tarde desta terça-feira (24) à unidade hospitalar. Na comitiva, o Presidente do Simes, Dr. Otto Baptista, e os advogado do órgão Luiz Télvio Valim e o Diretor Coordenador Jurídico Dr Eglif de Nogueira.

Dr. Otto Baptista, esclareceu que ale da carência de médicos, os profissionais estão insatisfeitos com as condições de trabalho. "Os médicos mais novos, formados há pouco tempo, já tem uma ética profissional e se recusam a trabalhar nesses lugares. Outra situação é a realidade de cada município, pois essas áreas que faltam médicos são desprovidas de qualquer atenção dos gestores, e isso acaba desanimando os profissionais. Não é só com relação ao dinheiro, pois de que adianta ter o médico se não há as mínimas condições de trabalho, deve haver uma estrutura para atender bem a população", pontuou. Otto também falou da falta de adequação das escalas de trabalho e da baixa remuneração oferecida pela Prefeitura aos profissionais, além de ter se deparado com os corredores do hospital lotados de pacientes a espera de atendimento. O salário de um médico pela Prefeitura de Linhares está entre R$ 2.200,00 e R$ 2.400,00.

"Vamos reiterar as denúncias e cobrar do Ministério Público Estadual um posicionamento e também do poder judiciário. Temos que dar um fim a essa situação caótica do Hospital Geral de Linhares", ressalta Dr. Otto Baptista, que enviará um relatório também para o Conselho Regional de Medicina (CRM). Ele ainda salientou que a Prefeitura de Linhares deveria olhar de maneira especial para a Saúde, já que não consegue mantê-la em ordem. Após falar com a imprensa ele se reuniu com a Diretora do HGL, Renata Maia, num encontro de portas fechadas. Ela não falou com a imprensa depois da reunião. Mas, Dr. Otto Baptista conversou com a nossa equipe e disse que a situação do HGl é um problema que só depende do prefeito Nozinho Corrêa e da Câmara de Vereadores. Ele levou ao conhecimento da diretora a situação que encontraram assim que chegaram ao HGL e uma série de observações, como os pacientes sem atendimentos nos corredores.

Para ele, é um problema de gestão e de cisão entre os poderes Executivo e Legislativo. "Sabemos que existe um vereador que é médico. E esperamos que ele se sensibilize com esta situação”, sublinhou Baptista. Ele também disse que existe empenho da direção do hospital em sanar as dificuldades, mas que ele enquanto Presidente do Sindicato dos Médicos do ES "não pode tapar o sol com a peneira”. Otto reforçou também que a prioridade neste momento é resolver de forma emergencial a situação dos setores de urgência e emergência e da pediatria.