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Estado nega remédio a gêmeas


16/06/2012
A Tribuna

Maria Luiza e Ana Clara,de 10 anos, lutam contrauma síndrome renalgrave e precisam de ummedicamento que custade R$ 3 a R$ 5 mil


A consultora imobiliária Bruna Mirandola Scherrer, 34, luta há nove anos contra uma doença grave renal de suas filhas gêmeas Maria Luiza e Ana Clara, 10.

A medicação usada por elas, de alto custo, parou de fazer efeito e, segundo a mãe, a médica das meninas disse que a substância se tornou tóxica para os rins delas.
Por isso, a médica pediu um novo remédio, o micofenolato mofetil, para o governo. Porém, o Estado negou o pedido, informando que o remédio só é usado para transplantados.

A doença delas é a síndrome nefrótica, que faz perder proteína na urina, desnutrir, parar de crescer, reduzir a imunidade e pode até fazer com que as crianças percam a função renal. O medicamento custa de R$ 3 a R$ 5 mil é uma esperança para família das gêmeas.
“Eles dizem que o remédio não é o m edi c amento padrão pa ra a doença delas. Mas a médica, no pedido, informou que já há inúmeros estudos que comprovam sua eficácia para a síndrome.”

O pedido foi feito no final de março e demorou quase dois meses para ser negado. A médica fez um novo pedido para o governo, que deve demorar mais 30 dias para ser avaliado.

As filhas de Bruna ficam inchadas e sempre são internadas por causa de infecções, desencadeadas pela doença. “É um sofrimento para toda a família. Creio que Deus pode fazer um milagre na vida das minhas filhas, mas precisamos do remédio. Desde junho do ano passado, elas estão usando corticoide, mas sem remédio para a causa do problema. Elas estão tendo crises há mais de um ano.”

Em março, a Ana Clara ficou melhor e a família conseguiu fazer a biópsia, que precisa para fazer o pedido do novo remédio.

“Quem sabe não será esse remédio que vai estabilizar a doença delas. A Ana Clara sofre muito, a barriga e todo o corpo ficam muito inchados e ela tem pressão alta por causa da doença. Já a Maria Luiza foi internada ontem (quinta-feira) pela terceira vez no ano por uma inflamação na pele.”

Elas reclamam de não poderem comer chips, por exemplo. “Nossa comida é separada, pois não pode ter sal”, contou Ana.


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