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Aposentado morre após esperar por vaga em UTI


18/05/2012
A Tribuna

Quando conseguiu avaga, Alcebíades aindateve de esperar pelaambulância. Prefeiturade Cariacica vai abrirsindicância sobre caso


Depois de passar quatro diasaguardando transferênciapara uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e após ter doisenfartes, o aposentado Alcebíadesde Jesus, 73, morreu na tarde deontem no pronto-atendimento(PA) de Itacibá, em Cariacica.

Após chegar ao PA na manhã daúltima segunda-feira ele foi imediatamente diagnosticado comoum caso grave e que precisava deum leito em UTI. A família de Alcebíades também informou que oúnico medicamento aplicado noprimeiro dia foi para baixar a pressão do paciente.

José Barbosa, filho de Alcebíades, disse que o pai estava bem eapenas reclamou de dores no peitona tarde do último domingo. “Eledormiu em casa e só voltou a passar mal na segunda, quando teve oprimeiro enfarte em casa”.

Paulo Reblin, subsecretário deatenção e saúde de Cariacica, afirmou que após a primeira avaliaçãomédica do paciente, dois procedimentos foram realizados: o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado e a vaga dele foi solicitada à Central deVagas, da Secretaria de Estado daSaúde (Sesa).

“A ambulância do PA não temcondições de transferir pacientescom essa gravidade, então notificamos o Samu e pedimos a vaga naUTI para ele. Foi feito tudo o queestava a nosso alcance”, disse Reblin

A vaga para internação no Hospital Evangélico de Vila Velha foiconseguida apenas às 9h30 de ontem. A nora de Alcebíades, SimoneMonteiro Correa, 24, disse que ficou com ele até o momento damorte, às 14 horas.

“Recebemos a notícia de que játinham conseguido a vaga, mas ficamos lá esperando a ambulâncialevá-lo, mas ninguém apareceu”.

O filho, José Barbosa, desabafouque sentia que o pai acabaria morrendo. “A gente ouve notícias destetipo todo dia e o que eu mais pensava era que iria perder meu pai.Depois de ficar quatro dias esperando, já não tinha muitas expectativas de conseguir salvá-lo”.

Paulo Reblin acrescentou queserá aberta uma sindicância interna para apurar o que aconteceu nocaso. Em no máximo 15 dias a família receberá uma resposta.

“A família pode acessar todos osregistros feitos sobre o quadro dopaciente em nosso sistema”, acrescentou.

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