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Briga com médico acaba na polícia


18/05/2012
A Tribuna

Cirurgião plástico fezdenúncia de ameaçae extorsão. A pacientenega e alega queapenas reclamou doresultado de operação


Um cirurgião plástico de 30 anos acusa uma paciente, uma nutricionista de 38 anos, de tê-lo ameaçado. Ele foi à polícia fazer um boletim de ocorrência por ameaça e extorsão

Segundo o médico, que preferiu não se identificar,a paciente não gostou do resultadoda cirurgia de implante mamário–feita em um hospital particular de Vila Velha há quatro meses –,e disse que era para o cirurgião fazer novamente o procedimento.

No boletim do ocorrência, o profissional afirmou que a paciente ligava emvárioshoráriospara ele, ameaçando-o.Ela reclamou da cirurgia e disse que era para o médico fazer a correção e também uma lipoaspiração no abdômen gratuitamente. Caso contrário, ela "arruinaria" sua vida profissional.

A paciente afirmou que não o ameaçou. "Eu não disse isso, não o ameaceinemoextorqui. Tenho certeza de que ele não tem provas.

Só queria que ele reparasse o que estava errado.Uma mama estava mais baixa que a outra equalquer pessoa que via sabiaque algo estava errado. Não ficou bom."Ela afirmou que por várias vezes eles brigaram. "Eu fiz um escândalo terrível. Liguei várias vezes para ele.Falei coisasruinse ele também,que nem lembromais. Tive até depressão com a cirurgia. Eu confiei no médico, tanto que o deixei fazer a reparação há 15 dias. Eu o perdoei, mas pelo visto ele no."

O médico preferiu não comentar o assunto e disse que tudo já estava resolvido.

DENÚNCIA

O advogado especialista em DIreito Médico Celso Papaleo explicou que, nessas situações, o profissional deve informar o caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) e à polícia.

“Para omédico,o mais difícil nessas situações é provar o que está acontecendo. O ideal é ter uma testemunha, e-mail oualgo que possamaterializar ofato. Enunca ceder a esse tipo de chantagem."

Se a paciente se encontra insatisfeita, pode levar o caso à Justiça.

"E se o médico é extorquido ou chantageado também deve levar o caso à apreciação do poder público", orientou o advogado.