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Unidade de saúde é reaberta após funcionar em igreja evangélica


23/09/2014
Jornal A Gazeta   |   WESLEY RIBEIRO

Será reinaugurada hoje a Unidade de Saúde de Carapina Grande, na Serra, depois de quase dois anos de obras de ampliação e reforma. Durante as obras, o atendimento médico foi transferido para dentro de uma igreja evangélica do bairro, onde até um corpo foi velado em meio aos pacientes, de acordo com o Sindicato dos Médicos (Simes), o que fez com que a Defensoria Pública do Estado cogitasse pedir o fechamento da unidade em julho desse ano.

Cerca de 7,4 mil pacientes são atendidos no espaço por mês, segundo a Secretaria de Saúde. A unidade conta com atendimento nas áreas de clínica geral, pediatria e odontologia. O atendimento ao público será retomado amanhã, das 7 às 17 horas, e será realiza do de segunda a sexta.

Numa área de aproximadamente 600 m2 foram ampliadas as instalações para as salas de reuniões e estudos técnicos; odontologia; educação em saúde; copa; farmácia; espera da farmácia, vestiários feminino e masculino; cisterna; casa dos compressores; depósito de lixo e estacionamento.

“Um dos pilares para aprimorar o atendimento na saúde é melhorar a estrutura física das unidades”, destacou o secretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin. O investimento em Carapina Grande chegou a R$ 1 milhão, de acordo com a prefeitura.

Reblin explica também que o atendimento não foi prioridade nas obras, uma vez que a unidade funciona como Unidade Estratégica de Família, ou seja, o atendimento é feito de forma diferenciada em que os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar e recebem inclusive visitas domiciliares de agentes de saúde.

Na reforma foram realizadas demolições, pintura, troca de revestimento cerâmico, instalações elétricas, instalações hidrossanitárias, instalação de alarme, câmeras, banheiros adaptados e rampa para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A Unidade de Saúde, que fica na Rua Santana, ao lado da principal avenida do bairro Carapina Grande, contará também com quatro consultórios, além de três consultórios classificados como coletivos e dois consultórios ginecológicos; sala de esterilização, de distribuição; espaço destinado ao serviço social; espaço para acolhimento e preparo; recepção e arquivo; apoio; administração; sala para curativo; nebulização; especialidades; sala de vacina; revisão da cobertura, entre outras.

Em junho, Sindicato dos Médicos considerou templo irregular


No último ano, a Unidade de Saúde de Carapina Grande chegou a funcionar dentro de uma igreja evangélica, e sem condições adequadas, foi alvo de vistoria da Defensoria Pública do Estado em parceria com o Sindicato dos Médicos (Simes).

Durante visita ao local, em julho deste ano, os defensores encontraram irregularidades e condições insalubres. Além de material coletado, como sangue, em locais inadequados, os defensores encontraram mofo em diversos cômodos,lixo jogado no chão, fios expostos, riscos de incêndio, paredes rachadas e pacientes esperando pela consulta em corredores ao ar livre.

O defensor público Luiz César Costa, que faz parte do Núcleo de Atendimento Integral à Saúde, disse na época que o fechamento da unidade poderia ser solicitado. “Isso aqui não pode nem ser considerado uma unidade de saúde. Não vejo outra opção, só o fechamento”, explicou.

O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Reblin, explicou que, no ano passado, a prefeitura buscou melhorar o posto de Carapina Grande. E, para não parar o serviço, a única solução foi levar os atendimentos para a igreja.