Um surto de malária por P. falcÍparum teve início no final de julho/começo de agosto deste ano, no município de Vila Pavão, no norte do Estado do Espírito Santo. Até o momento, de origem desconhecida, porém em investigação. Como é de conhecimento da classe médica, a fase sintomática inicial caracteriza-se por febre, mal-estar, cansaço, mialgia e calafrios acompanhados de tremor generalizado, com duração de 15 minutos a uma hora. Na fase febril, a temperatura pode atingir 41°C, a febre pode ser acompanhada de cefaléia, náuseas e vômitos, e é seguida de sudorese intensa. No Espírito Santo, a demanda maior nos atendimentos é da malária por vívax, onde existem casos autóctones durante todo ano.

A situação no momento é de 106 casos confirmados, sendo Vila Pavão (86) e Barra de São Francisco (20). Diante deste panorama, é preciso ficar em alerta no atendimento, principalmente com pacientes oriundos dessa região, com quadro clínico suspeito, bem como atentar para o vínculo epidemiológico associado.

O caso suspeito deve ser imediatamente notificado com a ficha SINAN e ser encaminhado para o teste rápido (quando disponível) e a coleta de exame de gota espessa para imediato diagnóstico, instituição do tratamento e notificação à Vigilância Epidemiológica Municipal.

Se o paciente não recebe terapêutica específica, adequada e oportuna, especialmente na malária por P. falcíparum, os sinais e sintomas podem evoluir para formas graves e complicadas, dependendo da resposta imunológica do organismo, aumento da parasitemia e espécie de plasmódio.

As gestantes, crianças, idosos e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pelo P. falcíparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.