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Simes questiona ação do MPF contra prefeituras
27/07/2018 - 16:53

O Ministério Público Federal entrou, nesta semana, com ação contra as prefeituras de Cariacica, Viana e Brejetuba devido à ausência do controle de frequência de médicos nas unidades de saúde. Na ação, o MPF pede que em 30 dias o controle biométrico esteja em funcionamento sob pena de multa diária de R$ 1 mil.


Entretanto, enquanto o MPF cobra o registro de ponto, esquece que os médicos precisam de muito mais para exercer a medicina de forma correta e, consequentemente, fornecendo um atendimento, minimamente, de qualidade para a população.

Exigências mínimas de saúde passam despercebidas enquanto o foco é demonizar o profissional que realmente faz algo pela saúde da população. Cariacica, por exemplo, não possui mais dermatologistas no programa de hanseníase; pacientes com HPV e condiloma sem ginecologista para atender no programa de DSTs. Tudo isso recai sobre outros profissionais que não tem a especialização necessária para atendimento.

"Não existe dignidade para o exercício da medicina, isso tem que ser evidenciado, não só cobrar o ponto dos médicos, mas fiscalizar as condições de trabalho desses profissionais", afirmou o advogado Dr. Télvio Valim, responsável pela bancada jurídica do Simes.

Macas sem papel para os pacientes repousarem, secretaria de saúde infestada de ratos com a vigilância sanitária fazendo vista grossa, alegando não ter o que fazer para resolver o problema. ''Tudo isso com profissionais médicos que recebem um salário base que não chega a R$ 2.500,00 por mês. O Ministério Público Federal deveria alterar o seu foco e atuar em favor da população, buscando condições de trabalho para que esses médicos possam atender os seus pacientes com alguma dignidade", finalizou o advogado.