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A VERDADE SOBRE O PROJETO DE RESOLUTIVIDADE MÉDICA
30/06/2016 - 16:30

O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) informa que, primeiramente, respeita o direito constitucional da liberdade de expressão e de imprensa; contudo, acreditamos que o posicionamento de alguns veículos de comunicação atende, antes do interesse da população, às suas necessidades mercadológicas. Tal necessidade desesperada de vender notícias prejudica, não apenas a credibilidade de seu noticiário, como tem demonizado a imagem do projeto inovador que o Simes propõe para a população, categoria e gestores.

Nossa proposta de resolutividade sobre a produtividade e metas a serem cumpridas pelos profissionais de medicina é trabalhar, de forma inovadora, um tema extremamente delicado para a gestão pública. Isso porque o atual sistema é fraudulento no âmbito trabalhista e tal prática, iníqua, ocorre em todos os cantos do país. Tratam-se dos acordos, propostos pelos gestores, em que o médico é assediado a cumprir uma carga horária menor em detrimento de menores salários.

Se o médico, ao terminar seus atendimentos, deixa o posto de trabalho é por ordem dos gestores. A resolutividade busca regulamentar o que já é praticado, aumenta a qualidade no serviço - pois a ideia de rotação proporcionará mais especialidades em uma unidade de saúde específica e tira o profissional da ociosidade, em determinados casos.

A resolutividade é uma proposta para serviços eletivos, agendados com antecedência e não abrangem os serviços de urgência e emergência, por exemplo. Entretanto, a proposta depende de um estudo técnico aprofundado para sua viabilização, depende, ainda, da união de todas as entidades médicas e de saúde, e, sobretudo, do apoio do Ministério Público do Trabalho.

O MP acompanha a trajetória do profissional da saúde nas últimas décadas e sabe da ilegalidade cometida pelo gestor, que, quando abordado, passa adiante sua responsabilidade para o trabalhador.

Todo esse esforço é feito para que o atendimento à saúde pública tenha o melhor desempenho possível, apesar de todo o caos resultado da má gestão, com as péssimas condições de trabalho que impedem um paciente de receber seu diagnóstico, seja pela falta de recursos hospitalares até a falta de material humano.

O Simes não quer, jamais, que o médico saia mais cedo ou que trabalhe menos, pelo contrário! A intenção da proposta é ajudar a categoria e a população a ter o melhor serviço público de saúde por meio da rotação de profissionais e metas de produtividade.

A partir do momento que essa pauta for aberta e seu estudo iniciado, não haverá outro caminho a escolher que não a regulamentação do trabalho médico, com dignidade e eficiência – justamente o que motiva o Simes na luta pela categoria, enquanto entidade sindical. Antes de representarmos uma categoria, somos profissionais médicos e juramos, de fato, nossa vida a serviço da humanidade e manteremos o mais alto respeito pela vida humana. A saúde de nossos pacientes será nossa primeira preocupação.