A reunião, que contou com a presença massiva dos médicos reguladores, aconteceu, também, com a presença de quatro juízes federais que compõem esse Foro da Justiça Federal. Os magistrados se
mostraram sensibilizados pelo depoimento de cada médico presente e, também, com a união entre a Secretaria de Estado da Saúde, Sindicato e os médicos para buscarem uma solução para este problema. "A nossa busca é, justamente, impedir que os mandados judiciais sejam direcionados aos médicos, que não tem autoridade alguma pra decidir ou criar um leito para os pacientes. Os médicos da regulação só trabalham com leitos existentes e disponíveis. A ocupação de cada leito é uma questão que compete ao Estado e não ao servidor público, seja ele médico ou não", completou o presidente.
Com o tema destrinchado entre as partes, o Foro da Justiça Federal sugeriu que essa mesma mesa se reúna em demais esferas e apresente aos magistrados a realidade do trabalho dos médicos reguladores. O Dr. Roberto Gil Leal, juiz que compõe a diretoria deste Foro, suscitou, inclusive, em uma de suas decisões, que "juiz não é médico ou secretário de saúde, logo, não pode determinar, sem que haja justiça e amparo legal, a internação imediata de qualquer paciente, sem o acompanhamento de um laudo médico."