Conforme noticiado no portal G1, o hospital São José, em Colatina, é referência no tratamento de câncer, recebendo pacientes das regiões Norte e Noroeste do estado. Apesar disso, ele ainda não oferece faz radioterapia. Desde dezembro do ano passado, o hospital alega que pediu ao governo para que também possa oferecer o serviço.

O oncologista Leonardo Lobato explicou que o hospital aguarda a segunda fase do projeto Expande, em que serão incluídos novos serviços de radioterapia no país.

“Sabemos que pela regulamentação da OMS e do Ministério da Saúde, que teria que ter um aparelho a cada 500 mil habitantes, estaríamos aptos a receber esse aparelho em nossa região porque atendemos 1 milhão e 800 mil habitantes”, diz.

No hospital, são atendidos cerca de 500 pacientes com câncer por mês e pelo menos 60% deles, em algum momento do tratamento, passarão pela radioterapia. O problema é que atualmente o serviço só é oferecida pelo SUS em Vitória e em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado.

Faz um ano que a costureira Dalcy Helena Cabalini descobriu o câncer de mama. Ela já fez oito sessões de quimioterapia, passou por duas cirurgias e faltam ainda 25 sessões de radioterapia. Ela terá que fazer em Vitória. “Vou fazer no Santa Rita. Já fui lá e fizeram a marcação, agora tô esperando eles me chamarem porque falaram que tem muita gente, então tenho que esperar”, conta.

A paciente Wandercina Batista morava no Rio de Janeiro e se mudou para Colatina para fazer o tratamento do câncer de mama, que descobriu há dois anos. Ela se preocupa com as dificuldades se precisar da radioterapia. “Eu teria que ficar na casa de uma amiga ou então mudar pra lá, sendo que já mudei para aqui para o tratamento. Ficaria mais difícil ainda com outra mudança”, afirma.

O oncologista Leonardo Lobato afirma que já fez o pedido para o governo do Estado para que a radioterapia seja realizada no hospital São José. “Estamos aguardando as informações ainda não oficiais da abertura do projeto ainda esse mês para que o hospital São José seja incluído, e com isso contemplar o aparelho para que possamos começar a obra”, explica Lobato.

No entanto, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde esclarece que essa solicitação pode ser feita diretamente ao Governo Federal que, por sua vez, informou que ainda não recebeu qualquer pedido.