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Presidente do Simes concede entrevista sobre a demora para conseguir consultas no SUS
10/10/2017 - 15:02

Mesmo com serviços de excelência no sistema Único de Saúde (SUS), médicos afirmam que ainda há muito o que melhorar. Entre os problemas estão a demora em se conseguir exames, consultas com especialistas e cirurgias.

segundo especialistas, os pacientes chegam a esperar meses e até anos. Além disso, médicos pedem mais hospitais no Estado, para desafogar os pronto-socorros.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado (SIMES), Otto Baptista, alertou para a necessidade de se construir três grandes hospitais públicos no Estado.

"Há bons hospitais que têm resolutividade por haver uma equipe médica competente que salva vidas, mas precisamos de novos hospitais. Os que temos estão sucateados. Um deve ficar na região metropolitana, outro na região Sul e um terceiro no Norte, com porta aberta para urgência e emergência. A quantidade de leitos para a população quase não mudou em 20 anos."

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), Carlos Magno Pretti Dalapicola, ressaltou que o problema começa na atenção básica.

"Há poucos especialistas para a população, para conseguir exames também demora muito. Não tenho dúvidas de que os tratamentos são feitos com eficiência e resolutividade, mas para o paciente conseguir chegar até eles demora muito."

A pneumologista Cilea Martins disse que é preciso programas atuantes para acompanhar pacientes crônicos. "O SUS erra por não criar centros de referências. Poderia haver um centro para hipertesão arterial pulmonar, por exemplo. Isso poderia reduzir o uso de remédios indevidos. Haveria mais segurança na realização de exames e nas liberações de medicamentos, reduzindo os gastos."

Para o ortopedistas Thanguy Friço, os serviços poderiam ser melhores se houvesse uma rede de conxões mais efetivas entre eles. "Gostaria que o dinheiro destinado à saúde da população fosse usado adequadamente em educação e prevenção de saúde, ao invés de ser apenas gasto com tratamentos de doenças. Precisamos mudar o foco para a solução."

A neurologista Soo Yang Lee frisou que é necessário melhorar a estrutura física e contratar mais profissionais de outras áreas para que o serviço seja multidisciplinar. "Mesmo os serviços de excelência carecem de mais recursos no SUS."