Diante dos ataques do vereador Leonil Dias nas últimas semanas, afirmando uma possível corrupção entre a classe médica capixaba, uma tal caixa preta, mortes de pacientes, entre outros problemas corriqueiros na capital, o Simes entrou com uma interpelação judicial para que o vereador explique suas declarações.
Para o Simes o projeto não tem utilidade alguma para ninguém e trata-se de uma proposta absurda que expõe a segurança do médico. Já vivemos um caos na saúde por pura incompetência dos gestores, com recorrentes casos de violência contra o médico que já se tornaram incontroláveis, afirma o presidente Dr. Otto Baptista .
O projeto, então, é um desserviço a qualquer tentativa de impedir que os profissionais não sofram atos de violência. É uma transferência clara da responsabilidade com a saúde pública. Os problemas na porta de entrada em urgência e emergência são de responsabilidade única e exclusiva da gestão pública, que não oferece um bom atendimento nas unidades básicas de saúde. São atendimentos que deveriam ser resolvidos na atenção primária, mas que acabam sobrecarregando os prontos-atendimentos pela incapacidade do gestor de oferecer as soluções para os pacientes e para a população.
Sabemos que cada município tem seus modelos de gestão, assim como sabemos que a Prefeitura de Vitória e sua Secretaria Municipal de Saúde possuem, quase na integralidade, profissionais em dia com sua carga horária, o que não justifica, de forma alguma, a exposição dos médicos em uma tela eletrônica. Esse projeto não é uma questão de utilidade pública e apenas possibilita que os médicos sejam agredidos e pressionados pela população, quando a gestão vier a falhar em oferecer condições adequadas de atendimento no serviço de saúde.