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Veja seis riscos na hora de consultar o "Dr. Google"
31/07/2017 - 16:32

No dia 31/07, foi publicado no jornal A Gazeta uma pesquisa em que são revelados os seis maiores riscos ao consultar o "Dr. Google" e entre eles estão se automedicar e pensar que tem uma doença grave.

Faça um teste simples: entre no Google e digite “dor nas costas”. Em cerca de 40 segundos estarão à sua disposição nada menos que 541 mil páginas sobre o assunto. E agora? Onde achar uma informação confiável nesse universo gigantesco de informações?

Difícil alguém que nunca tenha tentado resolver ou entender mais sobre um problema de saúde pela internet. Mas cuidado: com a mesma rapidez com que o “Doutor Google” responde às suas dúvidas, pode colocar sua saúde e a de seus familiares em risco.

Você pode ser levado a achar que tem uma doença grave, quando o problema não passa de uma virose. Ou o contrário: pesquisa os sintomas e conclui que não é nada sério, que uma pomadinha resolve, ignorando algo que pode ser mais sério do que parece.

Critério

Oncologista clínico, Cristiano Drumond vê a internet como uma ferramenta valiosa, desde que seja utilizada com critério.

“Toda informação médica está hoje em dia disponível na internet. Para os médicos, é uma fonte excepcional de pesquisa, melhor do que os livros, que se desatualizam muito rapidamente. Utilizamos sites fechados, como o Uptodate ou o Medscape, que são para profissionais. Mas há sites abertos com informações precisas”, observa o médico.

O problema, diz ele, é que muita gente não tem capacidade para interpretar essas informações. “Muitos leem sobre problemas e ficam apreensivos, ansiosos. Vejo muitos pacientes chegando com uma carga de informações que não tinham antes. Mas eles vão ao consultório em busca da solidez do conhecimento, da expertise do médico”, comentou.

Automedicação

O dermatologista Leonardo Ferreira lembra que a automedicação é um dos maiores perigos para quem recorre ao Google quando está doente. “Muitos se deixam levar pelas soluções divulgadas na internet para economizar ou porque acham o procedimento fácil. Mas não sabem tratar as complicações. Pensam que podem usar receita caseira para tratar estria, por exemplo, e acabam causando queimaduras na pele”, cita.

Perigos do DR. Google

1 Concluir que tem uma doença

Você faz uma busca a partir dos seus sintomas e já se convence nos primeiros textos, que apontam um determinado problema de saúde. Não leva em conta que há sintomas parecidos para diferentes doenças. Já procura o médico desesperado, achando que a doença é fatal, quando o caso pode ser uma simples virose.

2 Interpretar exames de forma errada

Você pega o resultado de um laudo de imagem ou de laboratório e, em vez de levar ao médico, vai primeiro ao Google. Exames têm termos médicos que um leigo dificilmente consegue interpretar. Ao se basear no que lê na internet, você pode ser levado ao erro.

 

3 Ficar confuso e mudar o tratamento

Enquanto se trata de um problema de saúde, você recorre ao Google para tirar uma dúvida e, por conta própria, muda a forma de tomar o remédio, inclui outra medicação ou adere a uma solução alternativa. O risco é grande de você comprometer todo o seu tratamento ou até piorar suas condições.

4 Ignorar uma doença grave

Você digita seus sintomas e pronto, lá vem um site com conteúdo tranquilizador mostrando que se trata de uma virose simples, que não há necessidade de ir ao médico. Você simplesmente confia nisso, ignorando a possibilidade de que você possa ter algo grave, o que só um médico poderia diagnosticar.

5 Se automedicar

Diante de um problema de saúde que você julga bobo, simples, você busca a solução na internet. Uma pomadinha aqui, um anti-inflamatório ali e pronto: problema resolvido. Será? Além de se autodiagnosticar, você vai tomar um remédio por conta própria, o que pode ter consequências sérias para seu organismo e ainda complicar seu problema.

6 Seguir tratamento alternativo

Em vez de ir ao médico, você vai ao Google pesquisar sobre um problema. Vê várias pessoas elogiando uma receita caseira. O risco é você aderir a um tratamento sem a menor comprovação científica e deixar de começar a tomar logo o medicamento mais indicado para seu caso.