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Após confusão, novos médicos vão trabalhar na UPA de Alto Lage, no ES
25/04/2016 - 18:15

Foto: TV Gazeta

Após confusão, novos médicos vão trabalhar na UPA de Alto Lage, no ES
Prefeito anunciou que novos médicos irão para a unidade na segunda (18).
Setor de pediatria foi fechado nesta quinta, mas já voltou a funcionar.


Conforme foi publicado no portal G1 ES, após a confusão na Unidade de Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, na noite desta quinta-feira (14), por causa da falta de médicos, o prefeito Juninho anunciou que mais profissionais começarão a atuar no local a partir de segunda-feira (18). O setor de pediatria da unidade chegou a ser fechada durante o tumulto, mas voltou a funcionar normalmente às 10h desta sexta-feira (15).

Apenas nesta semana, pacientes entraram em conflito com médicos três vezes. Na noite desta quinta, apenas um profissional atendia na unidade, porque os outros dois estavam com atestado médico.

Membros do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) estiveram no local e verificaram que a UPA estava superlotada, sendo impossível o atendimento de todos os presentes. Foi o presidente do Simes, Otto Baptista, que autorizou o fechamento do setor de pediatria.

O prefeito Juninho reconheceu o problema e disse que novos médicos vão começar a trabalhar na unidade a partir desta segunda.

"A UPA de Alto Lage tem capacidade para atender 20 mil pessoas, mas já atende 30 mil e esse mês já passa disso. Então há essa necessidade, a gente tem que contratar mais médicos e é isso que faremos agora, a partir de segunda-feira já começam a chegar os novos médicos", falou.

Dossiê de agressões

A superlotação somada à demora nos atendimentos têm feito com que médicos e outros profissionais da saúde que atuam em unidades de prontos-atendimento (PAs) sofram ameaças e agressões físicas e verbais de pacientes. A denúncia é do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), que está preparando um dossiê com todas as ocorrências.

O documento será oficializado como denúncia formal ao Ministério Público Estadual (MPES) encaminhado a prefeitos. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, Rogenir Roque Rodrigues, o dossiê contêm a realidade enfrentada por esses profissionais.

“Estamos relatando agressões físicas e verbais. O médico trabalha inseguro, sem saber o que pode lhe acontecer”.

Na Grande Vitória, há relatos de agressões, tanto físicas quanto verbais, na UPA de Serra-Sede e Carapina, na Serra; PA do Trevo de Alto Lage, Cariacica; e PA de São Pedro, em Vitória.

Segundo Rodrigues, o sindicato recebe diariamente, em média, cinco denúncias anônimas de violência contra médicos.

Advogado especialista em defesa médica, Télvio Valim propõe punição tanto para os autores das agressões quanto para o poder público, na figura do município. “Tendo em vista que o município sujeita os servidores a esses riscos e aos traumas deles decorrentes vamos pedir indenizações na Justiça para esses profissionais”.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Carlos Magno Pretti Dalapícola, orientou que os profissionais façam denúncias tanto ao conselho quanto ao sindicato. “Isso leva as entidades a visitarem os locais e a fazerem relatórios, que serão encaminhados aos gestores e ao Ministério Público Estadual”, explicou.