A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) se posiciona contra o baixo salário dos concursos para médicos que estão sendo praticados por prefeituras de várias cidades do Brasil. Como, por exemplo, o recente edital da Prefeitura Municipal de Piracuruca no estado do Piauí para o Instituto Machado de Assis e em Cachoeiro de Itapemirim no Espírito Santo.

No edital do Instituto Machado de Assis, prevê um salário base de R$ 1.060 por 40 horas e em Cachoeiro de Itapemirim, o salário seria de R$940,69 por 20h. Sendo, então, bem aquém do piso salarial FENAM de R$ 13.847,93 para 20 horas semanais de trabalho.  

Segundo a secretária de Comunicação da FENAM, Lúcia Santos, “muitos gestores do Brasil fazem concursos com salários muito baixos para médicos, isso é uma estratégia utilizada por prefeitos de várias cidades no Brasil para que nenhum médico se inscreva porque, assim, eles não preenchem as vagas e contratam sem concurso quem eles querem por outros salários”.

Para a secretária, isso causa uma precariedade na saúde pública, principalmente dos municípios dos interiores do Brasil. “Porque sem um concurso estabelecido o médico não vai largar o que ele tem nas capitais por algo inseguro no interior, impedindo que os médicos se fixem nesses locais”, relata Lúcia.

Além disso, o Sindicato dos Médicos do Piauí irão entrar na justiça contra esse edital e o Sindicato dos Médicos do Espírito Santos já iniciou campanha que orienta a categoria a não se candidatar às vagas ofertadas.

De acordo com o diretor de Assuntos Jurídicos da FENAM, dr. Eglif Negreiros, "O jurídico dá FENAM está estudando a matéria e a abordagem jurídica para a ocasião".

Fonte: FENAM