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Contra os abusos dos gestores municipais
04/04/2017 - 14:38

Foto: Reprodução Jornal A Gazeta

É notório e de conhecimento público que a máquina pública atravessa grave crise. Gestores têm se utilizado do péssimo momento econômico que se instala em todos os níveis para cortar gastos e justificar seus insucessos de forma planejada. Usam as contas de gestões anteriores para prever um futuro negativo, afinal, essa é a base argumentativa para negar as melhorias de que o povo tanto precisa, seja na educação, na saúde pública ou em qualquer outra pasta essencial para o bem-estar social.

Na saúde pública, o caos está instaurado desde o primeiro contato do cidadão, nos postos de saúde municipais, com a falta de materiais hospitalares, despreparo para receber a população, como num mutirão de vacinação contra uma nova febre. O problema se estende às unidades de pronto-atendimento e aos hospitais de alta complexidade e emergência: sobrecarga de trabalho devido ao baixo número de profissionais nas unidades; falta de leitos para atender a população, causando superlotações nos corredores e tantos outros problemas vividos diariamente.

Não bastassem os problemas de condições de trabalho, um novo problema assola o servidor público municipal. Fora os baixos salários atuais e os salários ainda menores a cada concurso público ofertado, a crise econômica, agora, é base argumentativa para que vereadores aprovem leis com cortes salariais, atacando direitos adquiridos pelos trabalhadores, como insalubridade e gratificações por cumprimento de metas. Caso assim tem ocorrido nas administrações municipais da Grande Vitória, tendo sido aprovado, recentemente, uma espécie de “pacote de maldades” contra o servidor público, o que parece apenas o início de uma prática a ser multiplicada nos demais municípios do Estado.

Por essa razão, os servidores públicos acionaram as entidades representativas de suas respectivas categorias, que, por sua vez, resolveram unificar seus movimentos. Foi criado, então, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos. O MUSP, como é conhecido, tem atuado com manifestações e protestos, e já realizou algumas assembleias, com pautas unificadas por 12 categorias de áreas distintas, como saúde e educação. O MUSP não é um movimento exclusivo de uma cidade. Cada vez mais consolidado e fortalecido, o movimento deixa claro o seu objetivo, que é defender todos os servidores públicos contra qualquer ato absurdo cometido contra qualquer categoria do movimento.
Fonte: Simes