Por fim, o Fisco também têm servidores disfarçados, conhecidos como "arapongas", que costumam atuar quando já há um procedimento de fiscalização aberto contra um contribuinte suspeito de fraude. Os espiões ficam lotados na Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação (Copei).
"A área de inteligência da Receita faz esse trabalho de busca com alguns critérios esse tipo de araponga. Ele vai na rua porque tem algum elemento. Nesse trabalho da Lava Jato, a gente tem", disse Campos. "Cada dia menos você fiscaliza o indivíduo. Mas eu vou ao redor dele. O araponga pode ir lá, a inteligência, vai onde ele mora, frequenta os lugares onde ele frequenta, que você descobre quem que é o laranja dele", disse.
"Tem que achar onde ele [fraudador] põe o patrimônio. Não deixam nada no nome deles, é tudo no nome dos outros", disse o coordenador de Fiscalização da Receita Federal. Segundo ele, os arapongas costumam buscar "laranjas", ou seja, pessoas que atuam em nome de outros, geralmente escondendo patrimônio.