Foto: Simes

O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo recebeu, no fim de janeiro, os médicos do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo em Assembleia Geral Extraordinária para discutirem os seguintes pontos de pauta: atraso constante dos salários; atraso no depósito de INSS e FGTS; atraso no repasse de produtividade médica; não pagamento de férias a diversos profissionais; falta de eleição de diretor geral, clínico e técnico; deliberação sobre a paralisação das atividades; assuntos gerais.

Entre todos os itens discutidos, foi unanimidade a aprovação pela paralisação das atividades médicas em 100% do atendimento ambulatorial, devido o não cumprimento, por parte do hospital, dos pagamentos mencionados nos demais itens de pauta. Ainda, os representantes da AFPES não compareceram em audiência de mediação agendada com a categoria junto ao Ministério Público, mostrando o total descaso com o corpo clínico e deixando claro que o diálogo não é uma opção.

Dessa forma, os médicos da HAFPES oficializam a paralisação das atividades do corpo clínico, respeitando as Leis de Greve, que exigem ao menos 30% do efetivo atuando na urgência e emergência. ''O profissional médico do HAFPES tem lutado contra o descaso do gestor já fazem três anos. Esses problemas de pagamento continuam acontecendo. Não existe profissional que exerça sua função da melhor maneira possível se o seu pensamento está em suas contas atrasadas, devido ao não recebimento de seus honorários. Isso é um absurdo e por isso, novamente, os médicos entram em greve.'', afirmou o advogado do Simes, Dr. Télvio Valim.