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FENAM luta contra demissões de funcionários do HU gerido pela Ebserh no Ceará
07/04/2016 - 16:10

Foto: Internet

O secretário de Comunicação da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Jorge Darze, e o secretário de Benefício e Previdência da FENAM, Darley Rugeri, participaram no último dia 29 do seminário ''Crise e Desafios da Saúde Pública: Caos, Privatização e Perspectivas'', na Universidade Federal do Ceará (UFC), para debater a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nos hospitais, e no dia 30 de audiência na Justiça do Trabalho para falarem do pedido de demissão de mais de 700 trabalhadores ligados à UFC feito pelo Ministério Público Federal, em Fortaleza.

Jorge Darze fez extensa exposição a respeito dos problemas apresentados pelo modelo de gestão da Ebserh e das Organizações Sociais em geral. ''A pretexto de buscar maior eficiência na prestação de serviços de saúde, os contratos constituem, em verdade, burla ao princípio da complementariedade da atuação da iniciativa privada no SUS'', disse.

Darze ainda apontou a ''má gestão'' e ''o desmonte do Estado'', além de explicar que a gestão dos Hospitais Universitários pela Ebserh muida o caráter destas instituições, que deixam de ter a finalidade de ensino e passam a ter finalidade assistencialista.

No dia 30, os representantes da FENAM participaram de audiência na Justiça do Trabalho em Fortaleza. O motivo foi o pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para que mais de 700 funcionários terceirizados do Hospital das Clínicas e Maternidade Escola da UFC fossem demitidos, sob o argumento de que a UFC não pode contratar funcionários terceirizados, que todos só poderiam ingressar nos quadros de servidores por meio de concursos públicos.

O secretário de Comunicação informou que a participação na audiência teve como objetivo ''evitar a demissão destes servidores que estão há varias décadas a serviço do Hospital Universitário. Muitas estão próximas da aposentadoria, a extensão deste contrato permitira que estas pessoas se aposentassem, e para as que estão ainda distantes da aposentadoria, poderiam se organizar e procurar outras colocações, em vez de se verem desempregadas de uma hora para outra''.

Darze também questionou o fato de o MPF entrar na justiça contra os funcionários terceirizados, mas não ter a mesma postura em relação a entrada da própria Ebserh. ''Ela (Ebserh) faz exatamente a terceirização da mão-de-obra'', disse.

A audiência terminou sem acordo e foi marcado novo encontro para o mês de maio.