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Câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes
03/02/2017 - 15:11


O dia 4 de fevereiro é marcado como o Dia Mundial do Câncer, data que representa um alerta sobre a doença, que mata 8,3 milhões de pessoas por ano no mundo. O tema escolhido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para a campanha deste ano é o câncer infantojuvenil, principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes no Brasil.

De acordo com a Associação Capixaba contra o Câncer Infantil (Acacci), com diagnóstico precoce e tratamento adequado em centros especializados, cerca de 80% das crianças acometidas pela doença podem ser curadas.

Segundo dados do Inca, entre 2009 e 2013, o câncer foi responsável por cerca de 12% dos óbitos na faixa de 1 a 14 anos, e 8% de 1 a 19 anos. No Brasil, foram registradas 2.724 mortes por câncer infantojuvenil em 2014 (ano mais recente com informações compiladas). O instituto estima a ocorrência de 12.600 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos em 2017.

O chamado câncer infantojuvenil inclui, na verdade, vários tipos de câncer. As leucemias representam o maior percentual (26%), seguidas dos linfomas (14%) e tumores do sistema nervoso central (SNC) (13%).

De acordo com o Inca, as diferenças entre os cânceres infantis e de adultos consistem principalmente nos aspectos morfológicos (tipo do tumor), comportamento clínico (evolução) e localizações primárias. Nas crianças e nos adolescentes, a neoplasia geralmente afeta as células do sistema sanguíneo, o sistema nervoso e os tecidos de sustentação. Nos adultos, as células epiteliais, que recobrem os órgãos, são as mais atingidas.

Segundo a oncologista pediatra Gláucia Perini Zouain-Figueiredo, os sinais do câncer na infância muitas vezes são imprecisos. “Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, a criança ou o adolescente deve ser avaliado pelo médico, lembrando que em uma primeira consulta pode não ser levantada a suspeita de câncer, já que se trata de doença infrequente, com sinais ou sintomas comuns a doenças benignas muito mais prováveis. Caso os sintomas persistam, a criança ou o adolescente deve retornar ao médico”, destaca Glaucia.

Ela alerta ainda que é importante lembrar que os sinais e sintomas costumam vir associados e são progressivos e o diagnóstico deve ser feito pelo médico. Existem diversas manifestações que se constituem em sinais e sintomas de alerta. Confira abaixo alguns deles e fique atento.

Principais sinais e sintomas:
- Palidez progressiva;
- Sangramentos ou manchas roxas sem relação com traumas;
- Febre prolongada, sem causa definida;
- Vômitos e dores de cabeça persistentes, principalmente pela manhã.
- Alteração da marcha ou da visão ou diminuição da força em pernas ou braços
- Caroços em qualquer lugar do corpo;
- Ínguas que não resolvem;
- Dores no corpo que não passam e atrapalham as atividades das crianças;
- Brilho branco nos olhos quando a criança sai em fotografia com flash.