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As inovações que mudaram a medicina em 2016
09/01/2017 - 14:27

Fonte: Clara Barreto/ PEBMED         Foto: PEBMED

O ano de 2016 foi cheio de situações inesperadas, mas também foi um excelente ano para inovações médicas. Não que todas tenham sido concretizadas, mas todas trouxeram algum aprendizado ou expectativa de melhores maneiras de conduzir a prática médica. Aqui no portal já foi falado sobre as tecnologias esperadas para 2017, então agora o assunto é o que aconteceu em 2016 nessa área.
 
Vale lembrar que a demora em concretizar invenções pode acontecer por diversos fatores, como a lenta e grande burocracia que existe no Brasil e no mundo. Além disso, tudo o que é voltado para a área de tecnologia ainda é extremamente caro, e os investimentos devem ser muito altos. É claro também que, o fato de serem inovações voltadas para a área de saúde, o cuidado em aprová-las acaba sendo muito grande, pois são dispositivos ou métodos que podem interferir na vida das pessoas.
 
Dito isso, conheça algumas das tecnologias criadas, em desenvolvimento ou que não foram continuadas em 2016. Você já ouviu sobre alguma delas?
 
Pâncreas artificial
 
Basicamente, é uma versão saudável do pâncreas que funciona sozinho e pode ajudar diabéticos a terem uma vida mais tranquila. O dispositivo monitora o açúcar do sangue e fornece insulina automaticamente. Algumas pessoas já estavam usando como teste até que, este ano, a Food and Drug Administrations dos Estados Unidos aprovou. Um ponto para 2016!
 
Testes de sangue baratos e feitos em casa
 
Promessa há anos, a ideia de fazer testes sanguíneos de forma rápida, barata e confiável foi por água abaixo este ano. Apesar de todo o investimento, suspeitas foram levantadas e uma investigação não conseguiu provar que a inovação estava realmente sendo elaborada. A empresa Theranos fechou seus laboratórios há alguns meses e declarou que agora irá trabalhar em máquinas de ensaios médicos em miniatura. Resta saber se todos os investimentos feitos na empresa resultarão em outras novidades para a área médica em um futuro próximo.
 
Realidade virtual e realidade aumentada
 
Apesar de já serem concretas e estarem no mercado este ano, as inovações ainda têm um longo caminho a percorrer até conseguirem auxiliar a medicina. A expectativa é que muitas áreas possam ter evoluções utilizando as realidades virtual e aumentada, e, possivelmente, juntas. Fazer exames e cirurgias sem causar grandes danos aos pacientes são algumas das novidades esperadas. Seus custos, porém, ainda são extremamente altos e inviáveis.
 
Medicina de precisão
 

Apesar de ainda muito cara, a medicina de precisão está cada vez mais próxima, e 2016 comprovou isso. Como? Um exemplo é a Foundation Medicine, que está criando tratamentos personalizados por meio da composição genética do tumor de cada paciente. Mas não é só isso, nanotecnologia, robôs cirúrgicos e muitas outras coisas poderão fazer com que a prática médica seja cada vez mais precisa o mais breve que imagina. Alguns pesquisadores acreditam que os tratamentos do câncer poderão causar menos danos aos pacientes, por exemplo, se utilizarem a nanotecnologia para atacar apenas as células cancerosas, sem afetar as outras, que é o que acontece hoje em dia com a quimioterapia. Este ano deixou muitas promessas e esperanças na área.
 
Bioimpressão 3D
 
Parece estar a anos de distância? Pois acredite, não está. Em outubro, a Organovo apresentou a bioimpressão do tecido do rim humano. Esse é o segundo produto deles, tendo sido o primeiro o tecido do fígado em 2014. O diferencial este ano é o grande crescimento que eles esperam depois dessa segunda comprovação de que a inovação está prestes a mudar a medicina. A expectativa é que nos próximos anos mais investimentos sejam feitos e o 3D seja cada vez mais adotado em todo o mundo. Inclusive, esse é um dos pontos levantados pela pesquisadora e médica Melanie Walker, que acredita que em 2030 os hospitais e a medicina serão completamente diferentes e muito mais evoluídos.

É possível lembrar também de outras tecnologias que nos esperam no futuro, mas que não tiveram novidades em 2016. Como tecnologias biônicas e os cyborgs, que acabam levantando uma discussão de medo sobre no que essas inovações podem resultar, assim como a inteligência artificial.
 
Os scanners de alimentos também ficaram travados. A Canadian TellSpec enviou, em 2015, os primeiros dispositivos beta de um scanner que poderia dizer quantos gramas de açúcar tem o alimento, ou qual a quantidade de álcool de uma bebida, etc. Mas não se teve nenhuma novidade. Outra empresa que desenvolveu um projeto parecido foi a israelense SCiO. A ideia é que você poderá ver os ingredientes e composição molecular dos alimentos em seus próprios smartphones, porém o que estava marcado para ser entregue em 2015 ainda não se tem notícias.
 
Apesar de alguns problemas, a medicina teve um grande reconhecimento pela ciência nos últimos anos, e 2016 mostrou que muita coisa está realmente sendo feita. O esperado é que o paciente não seja tão afetado e que as práticas médicas o ajudem mais do que causem consequências. Assim, 2017 se aproxima com muitas expectativas e esperanças na área de saúde e tecnologia.