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Chikungunya: ministro diz que 'não há possibilidade de epidemia' no país
05/01/2017 - 15:22


Conforme noticiou o portal G1, do Espírito Santo, em visita ao Espírito Santo nesta quarta-feira (4), o ministro da Saúde, Ricardo Barros disse que o número de casos de chikungunya no país cresceu de 36 mil para 260 mil entre 2015 e 2016 e que a previsão é de que o número continue crescendo em 2017, mas em menor proporção. “Foram oito vezes o número de casos de um ano para o outro. A gente espera um crescimento não tão acentuado. Eu espero que, relativo a 2016, [o aumento] chegue a 10% ou 20%, mas isso é totalmente imprevisível, é apenas uma intuição do ministério. Estamos fazendo todas as medidas necessárias de combate ao mosquito”, disse.

Mesmo assim, o ministro disse que “não há possibilidades reais de uma epidemia”. Ele acrescentou que, por enquanto, a única providência possível para prevenir o contágio é combater o mosquito, mas que o Governo vem investindo em pesquisas para a criação de uma vacina.

“Existem vários investimentos do governo financiando pesquisas. Financiamos 69 projetos selecionados em 530 sobre dengue, chikungunya e zika”, concluiu.

De acordo com a definição oficial da literatura médica, uma epidemia ocorre quando há um aumento e uma concentração de casos de uma doença em um mesmo local e período. O infectologista Caio Rosenthal explicou que "com certeza" já há uma epidemia de chikungunya no Brasil:

"A epidemia na verdade é um pico. Se você tem 10 casos durante anos não é uma epidemia. Se em um mês aparece 20, já temos uma epidemia. Até dois anos atrás nós não tínhamos casos de chikungunya e agora temos. Nós estamos vivendo uma epidemia de chikungunya", explicou Rosenthal.

Guia
O Ministério da Saúde divulgou em dezembro de 2016 um novo documento que deve guiar profissionais da área no diagnóstico e tratamento de pacientes com chikungunya.

O texto esclarece, com base em pesquisas recentes e estudos de especialistas consultados, algumas características da doença.

No Brasil, todos os estados apresentaram casos de transmissão local.

Até 10 de dezembro, foram notificados 263.598 casos prováveis da doença, número que supera o zika no país.