Foto: Simes

O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo se reuniu, na noite da última terça-feira (20), com os médicos do corpo clínico do Hospital e Maternidade Dr. Arthur Gerhardt. A reunião entre diretoria do Simes e os profissionais de Domingos Martins se deu porque os gestores da referida instituição não pagam os salários corretamente desde março deste ano.

Apesar da tentativa de negociação, por parte dos profissionais médicos, não houve êxito, uma vez que, por diversas vezes, foram apresentados prazos de pagamento, porém, não cumpridos. O atendimento médico, todavia, nunca sofreu danos, pois os pacientes não devem pagar pelo descaso do gestor.

Os médicos questionam, ainda, o tempo diário de serviço prestado. Com a extinção da assinatura de ponto médico, segundo o Código de Ética Médica, no art.5º resolução CRM/ES nº229/2010, o atendimento de 40 pacientes por plantão é o adequado visando desempenhar sua função com o máximo de zelo e qualidade no atendimento. Constantemente, os médicos são obrigados a ultrapassar este quantitativo, o que pode contribuir com uma sobrecarga de trabalho e um atendimento menos satisfatório.

''Consideramos um ponto a ser revisto pela administração do HMAG, pois vários dos atendimentos feitos no local são de consultas ambulatoriais, porém, a região já conta com um Posto de Saúde para atender essas demandas. Caso os atendimentos persistam, dada a atual conjuntura, é possível que a qualidade do serviço prestado seja inferior ao adequado, uma vez que o local deveria servir como atendimento de urgência e emergência.'', afirmou o advogado do Simes, Dr. Télvio Valim.

Ao fim da reunião e com todas as reivindicações expostas, o jurídico do Simes orientou à categoria em relação as medidas que devem ser tomadas, visando um mês de janeiro de muitas batalhas na esfera judicial, em ações que serão interpostas pelo Sindicato.

CARIACICA

Ainda na noite de terça-feira (20), o Simes se reuniu com médico da rede pública do município de Cariacica. O Sindicato foi informado pelos profissionais que, apesar do contrato de de 20 horas semanais, os médicos que fazem plantão de 12h nos fins de semana, estão sendo cobrados e obrigados a fazer uma carga horária com mais 12 horas de plantão, excedendo, assim, em 4 horas adicionais o contrato estipulado com os profissionais. Os médicos foram orientados pelo Simes a buscar essas horas extras, direitos trabalhistas previstos na constituição, que não podem ser negligenciados pelo empregador.