O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo se reuniu com os médicos do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo e os seus gestores em audiência de mediação junto ao Ministério Público Estadual, na tarde da última terça-feira (29), para discutir o último acordo que não vem sendo cumprido.

No acordo firmado anteriormente, com chancela e orientação do Ministério Público, ficou determinado o acerto dos salários atrasados; não pagamento de FGTS e INSS; não pagamento de férias, descumprimento do acordo firmado junto ao Ministério Público.

Após a exposição das justificativas por parte dos gestores e as tratativas a respeito dos pontos de pauta negociados, as partes chegaram a um novo acordo, em que consta um novo prazo para a AFPES acertar seus atrasados e demais direitos trabalhistas que devem aos médicos. A greve, instaurada desde o o início de novembro, funcionando dentro das leis específicas, se mantém.

O novo prazo para a regularização foi dividido em duas datas. No dia 13 de dezembro, espera-se que a AFPES acerte 50% dos salários atrasados referentes ao mês de outubro e, posteriormente, no dia 20 de dezembro, o acerto do valor restante do mês, além do salário integral do mês de novembro, dezembro, 13º, férias vencidas e produtividade dos médicos em 2016.

Uma data para nova mediação e acompanhamento do caso com o Ministério Público está marcada para o dia 15 de dezembro, às 10 horas. O advogado do Simes, Dr. Télvio Valim, respeita o novo prazo concedido aos gestores da instituição, mas lembra que o momento é de manter essa cobrança no âmbito judicial. ''Em outro momento, os gestores já haviam firmado um acordo e não cumpriram. O Departamento Jurídico do Simes, junto aos médicos da comissão de negociação do movimento, dão mais um voto de confiança para que a instituição cumpra o novo acordo. Mas, reiteramos que os prazos precisam ser cumpridos, caso contrário, tomaremos as medidas cabíveis.'', afirmou o advogado.

EBSERH

Ainda na tarde de ontem, o Simes se reuniu com médicos da EBSERH e os seus respectivos gestores, em outra audiência de mediação, em que fora questionado, dentre outros pontos, as escalas com números reduzidos de médicos, sobrecarga de trabalho, superlotação, produtividade, responsabilidade pelas intercorrências da enfermaria.

A Procuradoria determinou nova data para audiência, daqui 120 dias, para que, neste período, serão adotadas as medidas propostas pelos gestores da ESBERH no que se refere à jornada de trabalho dos médicos, a fim de que o Simes estabeleça tratativa de negociação coletiva com a categoria .